Há mais de uma semana não vejo a rua. Hoje, dia de trabalho presencial, decido voltar a pé para casa: São quase dez quilômetros de caminhada. Tempo ameno, vento no rosto. Pequenos prazeres que a pandemia nos tirou. Os passos desviando de buracos, pisos lisos, pedras soltas. Algumas casas mudaram de cor, alguns comercios fecharam para nunca mais, outros abriram. Portas meio abertas entregam seus produtos por delivery. Novos tempos, não necessariamente melhores.
Incrédula, observo que muitas pessoas ainda não utilizam máscaras. Não parece que há um vírus circulando. Já está escurecendo quando chego na avenida da praia. Ainda falta um bom pedaço de chão pra chegar em casa. Percebo que a academia reabriu: Seres mascarados se exercitam. É estranho de se ver. Sinto falta de frequentar os treinos, mas decidi: Retomo quando houver vacina ou talvez quando encontrar alguma atividade individual que me agrade. Diferente de tanta gente, tenho o mínimo de bom senso e prefiro não arriscar pegar-transmitir o vírus… Aliás o medo é um dos motivos que me leva a dispensar o transporte público e caminhar tantos quilômetros. O medo e a vontade de caminhar.
Chego em casa exausta, completamente incapaz de cumprir a minha prática diária de yoga ou de escrever resenhas, fotografar livros, preparar postagens. Hoje deixarei meus leitores e leitoras com uma foto do céu da minha cidade e esse breve relato de uma trabalhadora na pandemia.

Este post faz parte do BEDA (BLOG EVERY DAY APRIL). Visite também: Lunna Guedes – Adriana Aneli – Mariana Gouveia – Claudia Leonardi– Roseli Pedroso – Obdulio– Ale Helga
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Da mesma forma que você, prefiro andar distâncias como a que fez, Darlene. Caminhar é um excelente exercício. Cansa, mas trabalha o corpo tanto no sentido aeróbio quanto muscular, principalmente pernas. E também agiliza nossa mente. Belo texto!
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Sim! Também amo caminhadas, mas confesso que tive medo de assaltos no percurso, as coisas estão feias por aqui
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A realidade parece filme de ficção… o pior é que esses tipos de filmes costumam chegar ao fim por “falta de elenco” já que todos morrem por causa de uns… não costumava ser a ficção que imita a realidade?
Quando foi que mudaram esse roteiro?
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Também gosto de caminhadas. Até final do ano passado, quando ainda trabalhava, optei por voltar do trabalho a pé. Uma forma de evitar aglomeração em ônibus ou metrô e um prazer em sentir um pouco de liberdade. Mesmo que ilusória. Agora, só faço caminhada de uma hora dentro do apartamento mesmo. Ouço música e boto a mente para trabalhar ou viajar. Fique bem e cuidado com possíveis assaltos.
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Tanta falta dessas caminhadas pelas ruas…parece que estamos dentro de um filme…
Mas, vai passar!
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Vai passar ❤
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