Humor da vida real: Dia do Operador de Caixa

16 de Outubro é dia do operador de caixa – profissão que já exerci por um ano e meio. Há quem fique mal-humorado e cansado somente com a obrigação de ir até o mercado fazer suas compras – Se é cansativo para quem é cliente, para quem está mais de seis horas em pé repetindo um texto padrão e oferecendo recarga de celular, chega a ser exaustivo. Lembro várias vezes em que tive vontade de sair andando e deixar todos e todas falando sozinhos! Quando se exerce profissões onde a lida com o público é diária e intensa, é possível perceber o quanto nosso sistema coloca um trabalhador contra o outro: Operadores de caixa são trabalhadores com uma rotina cansativa, mal-remunerada e sem o mínimo de reconhecimento por parte da empresa – e esses profissionais atendem pessoas cansadas, mal remuneradas e sem reconhecimento em suas empresas, pessoas que chegam ao mercado com seus salários mínimos, suas necessidades e desejos, seu cansaço e se deparam com preços altos, filas – irremediavelmente acabam transferindo seu mau-humor para quem? Para o operador que os está atendendo! Ainda assim, e talvez até por isso, confesso que sinto falta do trabalho – de atender, empacotar compras tentando economizar sacolas numa tentativa de fazer a minha parte e conscientizar as pessoas sobre o meio-ambiente e a necessidade urgente de se utilizar sacolas retornáveis e não plásticas. Sinto falta de oferecer recargas tentando bater metas e até mesmo de observar a fisionomia chocada de alguns ex-professores e ex-colegas de faculdade inconformados por me ver ali, naquele PDV (ponto de venda ou caixa) mesmo tendo a carteirinha da OAB em mãos. Sinto falta das risadas com os colegas na hora do almoço e por isso mesmo, resolvi escrever este texto: Para parabenizar a todos os operadores e operadoras de caixa e, porque não, para contar algumas histórias engraçadas que já me ocorreram na lida com a clientela. Querem ler? É só acompanhar os parágrafos abaixo! (Cuidado: Inapropriado para crianças)

  • “Tomara que sua praga pegue”:

Véspera do feriado de Sexta-Feira Santa. Aquele calor infernal, colegas faltando por doença, computadores travando a todo o momento e filas alcançando o fundo da loja. Imaginou o caos? Novata, logo fico sem troco. Em dado momento não tenho cinco centavos para uma cliente e peço educadamente que espere alguns instantes que logo a fiscal me traria troco – a cliente, em seus saltos altos e olhar de emproada solta aquela expressão “vai tomar no C*”. Eu poderia repetir a expressão e acabar suspensa, fazer cara de coitada e ignorar, mas não, respirei fundo e, com um olhar de superioridade respondi “Deus te ouça! Tomara que sua praga pegue! Eu adoro, mas ultimamente ta difícil conseguir um bofe… faz uns 6 meses que não consigo um! Quem me conhece sabe que sou quase assexuada e tenho aversão a relações íntimas, portanto só poderia estar tirando onda com a cara da cliente). A criatura ficou pálida, roxa, rosa, azul – E as pessoas atrás dela na fila riram muito! Detalhe: O cliente de trás deu uma moeda de dez centavos para ela ir embora,

  • “Bebedeira por tabela”

Outro dia engraçado, não pelos clientes, mas por um acidente de trabalho: Derrubei uma garrafa de 51 no chão – Pensa em alguém que trabalhou sentindo cheiro de pinga por quatro horas seguidas? Sério, como alguém bebe aquilo? Naquele dia tive uma quebra de caixa de pelo menos dez reais, senti dor de cabeça, sono e não conseguia falar nada com nada. Então, fica a dica: Nunca, jamais, fique em um ambiente com cheiro de pinga.

  • “Comemorando os anos de casado”

Essa eu compartilhei no Facebook na época que aconteceu. Estava eu no caixa preferencial e um senhor, levando vinho, queijo e um  pequeno vaso de violetas comenta que estava preparando a comemoração da “bunda de ouro” com a esposa. Achei estranho o termo, pois sempre ouvi falar em Bodas de Ouro. Outro cliente, aparentemente estranhando a situação, pergunta “mas não seria Bodas de Ouro”. Ao que o primeiro idoso responde – “Não, não, é bunda de ouro mesmo. Afinal, são muitos anos sentando na mesma (acho que não preciso escrever o palavrão né?), Confesso que apesar de rir, fiquei triste – a mulher é tratada como um objeto até mesmo após uma longa vida conjugal? Desrespeito total com a esposa e com todas as mulheres da fila – e, com certeza esse mesmo senhor deve resmungar pelos lugares sobre a “falta de respeito dos jovens”.

  • Quem é mais preferencial”

     Outra situação engraçada que sempre acontecia na fila: Briga para passar no caixa preferencial. Certa vez havia uma gestante e, logo atrás dela, uma moça com bebê no carrinho. A moça com bebê encrencou muito com a gestante dizendo que deveria ser atendida antes, pois o bebê dela já tinha suas necessidades e o da outra ainda estava “na barriga”. Dias depois um idoso reclamou sobre a presença de uma cadeirante na fila preferencial, pois a cadeirante “já está sentada e não irá se cansar”. Era uma das minhas filas favoritas, e também uma das que mais rendia histórias engraçadas.

  • “A parte automotiva é logo ali”

Carnaval. Uma cliente pergunta “- moça tem K.Y para vender?”. Eu pergunto o que seria o tal produto e ela responde que é lubrificante. “-Ah, isso é fácil! O setor automotivo é aquele primeiro no corredor aqui em frente”. Ela riu muito e depois explicou qual o tipo de lubrificante que estava procurando.

  • “Clube Extra? Nota Paulista?”

Essa história aconteceu fora do expediente – Na verdade, eu estava entrando no ônibus quando o motorista me disse uma “-Boa noite”.  Mais que acostumada ao padrão de atendimento eu respondi “-Boa noite. O senhor deseja colocar o Clube Extra e a Nota Fiscal Paulista?”. É… Acho que o cansaço estava grande…

E você? Tem alguma história engraçada para contar? Algo que aconteceu na hora de passar suas compras no caixa ou no seu horário de trabalho como operadora de caixa? Conta nos comentários e não esquece de marcar nessa postagem todos os amigos e amigas operadores para eles rirem bastante!

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Professores

Na vida encontramos seres especiais enviados pelo universo para nos guiar pelos caminhos e nos ensinar, nos fazer evoluir – As pessoas que nos trazem ao mundo e nos cercam de cuidados em nossos primeiros dias e a quem chamamos família são sem dúvida os primeiros seres especiais que surgem para nos guiar. Mas nós crescemos rápido e pouco tempo após a nossa chegada, somente a família já não é suficiente. Então, neste momento, surgem outras pessoas muito especiais: Nossos professores. São eles que irão nos ajudar a estabelecer relações sociais com nossos colegas de sala, eles irão nos ensinar a dividir espaço, objetos e brinquedos. São nossos professores que nos ensinam a entender o mundo através dos olhos de outros quando nos ensinam a ler e interpretar textos – e ao entendermos o mundo através de tantos pontos de vista diferentes começamos a sonhar e traçar tantas metas e objetivos – ainda que sejamos demasiadamente pequeninos para saber o que são metas e objetivos e entender que em algum momento teremos que escolher entre um e outro caminho. E conforme vamos crescendo, vamos também deixando estes anjos do universo para trás, para que possam ensinar outras crianças que precisam deles, e para que possamos encontrar nosso próximo mestre. E essa seqüência não tem fim! Vamos terminar o ensino infantil, o ensino médio, a faculdade, a pós graduação e, enquanto tivermos viva na alma a vontade de aprender, o universo irá nos enviar seus seres especiais para enriquecer nossas vidas com conhecimento e descortinar diante de nossos olhos caminhos que podemos escolher percorrer ou não. Neste dia 15 de Outubro desejo a todos os professores e também àqueles que ainda estão em formação para tornarem-se professores, que consigam apesar de todos os percalços, encontrarem em seu coração a luz e a esperança que trazem para dividir com seus pupilos. Desejo também que consigam encontrar força e construir união para lutar por condições dignas de trabalho, valorização profissional e estrutura adequada – que sejam duros em busca de seus direitos e amorosos na lida com os estudantes deixando a eles não apenas o conhecimento das disciplinas que vieram ensinar, mas também a mente aberta ao questionamento, o senso crítico e a vontade de construir um mundo justo para todas e todos. Feliz dia dos professores e obrigada por existirem!

 

Um feitiço de Hera

 O relógio do celular marcava cinco horas. Poderia dormir pelo menos mais quarenta minutos, mas o sono não vinha. Torrou duas fatias de pão com azeite e colocou a água para ferver. Havia um caderno em cima da mesa, ao lado do pequeno vaso de Hera que ganhara na noite anterior – Olhar para o vaso fez seu coração se acelerar – era o mais próximo de uma flor que já ganhara na vida. Procurou não pensar nisso – amigos também trocam prendas eventualmente. Ainda assim sorriu e pegou o caderno, relendo o que havia escrito antes de ir dormir e, em seguida,rabiscando acima da primeira linha o título “Um conto de lagoas profundas e mergulhos”.  A água já fervia, colocou o pó de café no coador – não costumava tomar café pela manhã, mas essa manhã sentia vontade.  O líquido quente passava pelo pó no coador e derramava-se preto e odoroso pela jarra. Serviu uma xícara, sem açúcar, e se sentou novamente – já não olhava o caderno com suas páginas em branco ou a plantinha sorridente sobre a mesa – o calor e o aroma da bebida a sugavam por um túnel do tempo até a noite anterior – até aquele beijo com sabor de café e surpresa e aquela sensação estranha de ter borboletas voando pelo estômago. Em mais de três anos, era o primeiro beijo que realmente quisera dar – e isso a estava deixando confusa – qual o motivo de ter tomado tal iniciativa? Fora definitivamente bom, tão bom que a lembrança ainda se fazia presente. Respirou fundo e fechou os olhos como se pudesse realmente voltar fisicamente no tempo por alguns instantes. Ouviu um barulho – Sua cachorra latia, quebrando aquela pequena viagem matinal. Afagou a cabeça da pequenina e tomou nas mãos um copo de água para molhar o vasinho sobre a mesa – sorriu ao se lembrar o significado que o amigo dissera: União. Hera é uma planta que simboliza união. Talvez tenha sido este o motivo do beijo na noite anterior, afinal: Um feitiço da pequena plantinha para unir ainda mais duas almas que já eram amigas há anos. Afagou as folhinhas, sorriu e falou para a planta: “- Você me lançou um feitiço, pequenina, mas exagerou na dose, não acha?”. O despertador tocou, quebrando de vez a magia de seus próprios pensamentos e lembranças. Hora de começar mais um longo dia. Guardou o caderno dentro da bolsa – mais tarde escreveria sobre o amanhecer, sobre café, beijos e feitiços de Hera. Sentiu um aperto no coração, pois sabia que seus escritos seriam a única coisa que a impediria de pensar que tudo fora um sonho confuso e bom – ou quem sabe não fosse melhor pensar que tudo era apenas um sonho, já que não havia esperança de um futuro diferente do que havia sido até o início da noite anterior?

05-10-17

10 músicas nem tão infantis que foram sucesso entre as crianças dos anos 90

Se você tem entre 25 e 30 anos há uma grande possibilidade de ter passado boas tardes ouvindo rádio FM e curtindo músicas que arrepiavam os cabelos dos adultos mais conservadores. Provavelmente hoje você lembra pouco ou quase nada desta fase, não é verdade? Em homenagem ao dia das crianças, vamos relembrar algumas dessas músicas e rir um pouco das baboseiras que a gente cantava e dançava?

  • Mamonas Assassinas: 

    A banda teve uma carreira meteórica e curta, interrompida por um trágico acidente aeronáutico. Embora o conteúdo das canções fosse claramente voltado aos adultos, o sucesso foi estrondoso entre os menores. Vamos falar a verdade, eles eram realmente engraçados e às vezes eu me pergunto se eles escondiam preconceito dentro do humor musical ou se era uma forma de ironizar o sistema social.

  • É o Tchan:

    Coreografias sensuais, mulheres objetificadas, pouca roupa, muito rebolado: Safadeza infinita. Quem foi criança em meados dos anos 90 ou início dos anos 2000 com certeza conhece refrões como “Ela fez a cobra subir, a cobra subir, a cobra subir”. Acredito que muitas meninas sonhavam em ser a próxima loira ou morena do Tchan e sabiam todas as coreografias.

  • Bonde do Tigrão:

    Sim, nós que hoje temos 30 anos, fomos uma das primeiras gerações a ser direta e massivamente influenciada pelo funk, que foi moda e invadiu casas, escolas e festinhas. Se na época frases como “Vou passar cerol na mão” chocavam nossos pais, avós e professores, hoje percebemos que era só o começo de uma moda que polêmica ou não, vem se mantendo com o passar dos anos.

  • Tihuana

    Tenho saudades da época que tocava essa música no intervalo da escola!

     

  • Banda Eva/Ivete Sangalo:

Atire a primeira pedra quem nunca 5- cantou “Carro Velho” no carnaval…

  • Claudinho e Buchecha:

Outra dupla que teve a carreira interrompida por um acidente automobilístico. Foram com certeza parte da trilha sonora da criançada.

  • Netinho:

“Oh Milaaaaa”… Confesse: Quantas vezes sua família teve que ouvir esse refrão grudento mesmo fora da época de carnaval?

Essa música tocava no intervalo do colégio… Adequada #sóquenão

O eterno poeta do skate, das ruas e dos corações livres conquistou uma geração de fãs que até hoje, após a sua morte, ainda escutam e curtem aquele som único…

  • Gabriel O Pensador: Cachimbo da paz não é bem uma música infantil, mas, quem nunca cantarolou “maresia, sinta a maresia” pensando tratar-se do mar?(Infelizmente não consegui incorporar no blog o vídeo oficial, então o jeito foi usar essa montagem que encontrei no youtube)

Um conto de lagoas profundas e mergulhos

É noite. Foram horas alegres e, como em outras ocasiões, os braços se enlaçam num abraço longo, criam um pequeno refúgio, um abrigo para duas pessoas ficarem longe do mundo por alguns instantes – E de repente, no desenlaçar do abraço, a magia se faz mais forte. Olhos nos olhos – tão intenso. E teu olhar parece uma lagoa profunda – mistura de céu, mar, rio, floresta e tempestade. E naquele lapso de segundo o ar faltou – mergulhar tornou-se uma necessidade intensa. Uma urgência de afogar-me em teu olhar, de unir nossos lábios em um beijo sem pensar que meninas não deveriam ter essas iniciativas, sem pensar se haveria amanhã ou não, se seria uma página no livro da vida, um capítulo ou uma história inteira. Foi um mergulho intenso, suave, doce, breve – E agora se faz tarde, aproxima-se a meia noite, o sono e seus mundos oníricos. Inevitável pensar antes de cerrar os olhos. Impossível não escrever, não devanear… Será que você já está dormindo ou está pensando, rememorando, escrevendo também?

04/10/17

O retrocesso do ensino religioso confessional nas escolas públicas.

Religião (Substantivo feminino): Crença de que existem forças superiores (sobrenaturais), sendo estas responsáveis pela criação do universo; crença de que essas forças sobrenaturais regem o destino do ser humano e, por isso, devem ser respeitadas. Comportamento moral e intelectual que é resultado dessa crença. Reunião dos princípios, crenças e/ou rituais particulares a um grupo social, determinado de acordo com certos parâmetros, concebidos a partir do pensamento de uma divindade e de sua relação com o indivíduo; fé ou culto.

No último dia 27 o STF (Supremo Tribunal Federal)  determinou a legalidade do ensino religioso confessional nas escolas públicas brasileiras – tal decisão significa que o ensino religioso, já previsto na LDB (Lei das Diretrizes e Bases), poderá ser ofertado tendo por base uma única religião.

O Brasil vive uma realidade bastante complicada quando observamos a educação pública: Congelamento dos investimentos devido a “PEC do Teto” aprovada pelo governo Temer, falta de estrutura, salas superlotadas, disciplinas como sociologia e filosofia pouco a pouco sendo extirpadas do conteúdo curricular – todos estes problemas não sanados por si já tornam uma aberração a simples proposta de investir em aulas de religião.  E ainda assim, aqui estamos, falando sobre a volta de um conteúdo dispensável aos currículos escolares.

Religiosidade é dogma, é um conceito de padrões que não se modificam. A religião é pessoal, intimamente ligada ao dia a dia familiar – Na escola deve-se aprender as ciências exatas, as biológicas, as ciências humanas. Na escola deve o discente encontrar espaço para desenvolver sua capacidade de interação social, questionamento, pensamento crítico e capacidade argumentativa.

Não pretendo relegar a religião a um plano de completa inutilidade: Quando estudamos história é possível perceber que cada povo desde a antiguidade, desenvolveu seu sistema religioso – Diante disso, não seria, portanto mais adequado que o ensino religioso fosse parte integrante de disciplinas como história, artes, sociologia? Poderiam assim nossas crianças e jovens estudar sobre religião em sala de aula de forma a incentivar-lhes a observação do mundo e o desenvolvimento do pensamento crítico:

Comecem as aulas falando sobre a religião dos povos indígenas brasileiros vergonhosamente dizimados até os dias de hoje por esse maldito capitalismo que não deixa espaço para a vida. Falem sobre as religiões afro-brasileira e sobre o sangue dos escravos que ajudou a construir nosso país e da vergonha de termos sido um dos últimos países a abolir a escravidão. Importante conversar sobre o Islamismo, a questão Palestina e o risco que o fundamentalismo representa. E sobre a segunda guerra e a perseguição ao povo judeu. Expliquem as antigas religiões gregas e romanas. Mostrem que terrorismo também é coisa de povos de etnia branca explicando sobre os conflitos entre católicos e protestantes na Irlanda. Aproveitem o tema e falem sobre hinduísmo e a Cultura indiana, sobre budismo, sobre o Oriente e sua Cultura. Falem sobre o catolicismo e a corrupção do Vaticano, sobre a idade média e as mulheres injustamente queimadas. Falem sobre as mensagens de ódio que muitas vezes os pastores insistem em propagar e os problemas que isso causa- sobre a destruição dos terreiros no Rio de Janeiro ou o espancamento de LGBTS, por exemplo. Falem que muitas vezes o ódio vem disfarçado de “mensagem de amor”, que muitas vezes o pastor pode ser o pedófilo e que por mais que ele pareça uma pessoa “do bem” ele não tem o direito de tocar o corpo de ninguém! Falem das religiões neo-pagãs e sua mensagem de simplicidade, de liberdade e de apenas seguir a regra de não fazer a ninguém algo que não gostaria pra própria vida! Falem por fim que religião é algo pessoal, que é sim interessante conhecer todas, imprescindível respeitar todas, mas jamais tentar impor o seu culto a outros ou permitir que outros tentem fazer você ritualizar pelos cultos deles, e que o respeito as religiões deve encontrar como limite a integridade física e psicológica – ou seja – Nunca deve-se aceitar a violência sob pretexto de “fazer parte da religião x ou y”. Falem tudo isso ou simplesmente lembrem-se que o país é LAICO e não falem nada acerca do tema.  O que não devemos é, como cidadãos, permitir que nossas crianças cresçam cerceadas por dogmas impostos sem possibilidade de questionamento.