A terrível DeFiFé

O ano era… Sei lá, faz tempo pra caramba. Muito tempo. Eu era criança e estava num raro momento assistindo televisão (quem me conhece sabe que, na infância, esse foi um hábito praticamente não cultivado). Acredito que foi durante um programa chamado CRUJ (comitê revolucionário Ultra-Jovem) – Cultura? SBT? também não lembro. Mas tenho quase certeza que foi no CRUJ que ouvi essa expressão: DeFiFé. Depressão de Fim de Férias. Pois é… Considerando que depressão é algo sério, acredito que seria mais adequado mudar para desânimo de fim de férias. Um sofrimento que bate ao lembrar que em alguns dias, a rotina irá recomeçar. Não que o trabalho seja ruim (o meu pelo menos não é), mas só de pensar em tudo que está incluído: Deslocamento para ir e voltar, comida aquecida no microondas, menos tempo pra ler, convivência nem sempre tão agradável (não sejamos hipócritas: Ninguém gosta de todo mundo, ninguém ama conviver com todos os conhecidos e mesmo as pessoas que gostamos, nos irritam quando convivemos todos os dias). É tanto cansaço por tão pouco salário, que o DeFiFé – já devidamente renomeado como Desânimo de Fim de Férias – é inevitável. Estou com saudades dos meus alunos (não sou professora, sou inspetora, mas os alunos também são meus sim), mas sinceramente? Queria que Janeiro ganhasse mais umas três semanas. Queria um feriadão que emendasse o Carnaval até o Dia do Trabalho, pelo menos. 

E vocês? Também tem essa vontade de desaparecer quando as férias chegam ao fim? Lembram dessa expressão (DeFiFé) e do programa que a originou?

Filmes que assisti em dezembro (e não são sobre o natal)

1 – Por lugares incríveis

Dois adolescentes marcados por traumas se unem para fazer um trabalho sugerido na escola sem saber que a amizade e o amor surgidos desse encontro iriam mudar suas vidas. O filme é bonito, mas contém muitos gatilhos, então só assista se estiver com a saúde mental em dia. 

2 –  O melhor amigo

Um jovem conhece a mulher que ele acredita ser sua alma gêmea. O problema é que ela o vê como melhor amigo. Uma comédia romântica engraçada que fala sobre a temida friendzone e sobre os riscos de tentar mudar quem você é para conquistar outra pessoa. 

3- Meia noite em Paris

Um jovem escritor prestes a se casar viaja para Paris com a família da noiva – Que claramente não o aprova. Certa noite, ao caminhar sozinho pelas ruas, ele aceita uma carona e volta no tempo, conhecendo seus grandes ídolos. Esses passeios se tornam diários e o ajudam a repensar os rumos de sua vida. 

4- Lua de mel com a minha mãe

Uma mãe cujo filho foi abandonado no altar decide lhe ensinar uma boa lição sobre viver a vida intensamente viajando com ele na lua de mel. Uma comédia muito divertida sobre relações amorosas, familiares e sobre como aprender a ser feliz mesmo depois de uma situação imprevista.

5- A família perfeita

O ponto ruim do filme é o desfile interminável de estereótipos humilhantes sobre pessoas periféricas. O ponto alto é que infelizmente a gente nem sempre é evoluído o suficiente para desligar o filme e acaba rindo muito. A história fala sobre Lucia, uma mulher de meia idade que cultiva a ilusão de ter a família perfeita e não sabe como se comportar quando o filho se apaixona por uma moça pobre.

6- Turismo Macabro

Uma série documental da Netflix perfeita para você montar (ou não) seu roteiro de viagem. Achei bem interessante conhecer histórias de diversos lugares, como por exemplo, a história sobre a propriedade de Pablo Escobar e o fato de que ela se tornou um lugar muito visitado por turistas. 

Liberdade. Um privilégio masculino?

Liberdade. Um privilégio maculino? 

Calou-se o riso da palhaça Jujuba, personagem encenada pela atriz venezuelana Julieta Hernandéz, brutalmente assassinada no interior do Amazonas. Não conheci o trabalho de Julieta, e talvez você que me lê, também não tenha conhecido. Mas certamente ela fazia parte da cada vez mais rara nata de pessoas que faz desse mundo um lugar mais bonito, mais alegre, mais humano. Julieta, ou Jujuba, era mulher, atriz, palhaça e cicloviajante – Pedalava em direção a seu país quando teve sua trajetória brutalmente interrompida pela barbárie: As notícias dão conta de Julieta foi assassinada pela enciumada esposa do homem que a atacou, roubou seu celular e violentou seu corpo. A cultura do estupro é tão forte que puniu a vitima com a morte, ironicamente aplicada por outra mulher – E há ainda quem diga que não precisamos de feminismo ou que não existe cultura do estupro ou violência de gênero. 

O mundo segue sendo um lugar horrível para ser mulher. Pior ainda para as que ousam serem mulheres e livres. Fosse Julieta um homem branco pedalando pelo país, teria o mesmo destino? O assalto poderia acontecer, isso é inegável,  mas a barbárie posterior, muito provavelmente não. Em 2024, vergonhosamente a liberdade de ir e vir ainda segue sendo um privilégio do homem branco, cis e heterosexual.

Tudo mudou, nada mudou.

Quando as luzes da praia se apagam, o ano se apaga também para que um novo ano possa nascer. Há a esperança de que tudo vá mudar, mas na prática, nada muda. Em algumas horas a festa acaba, o sol nasce e o ano inicia sem muitas diferenças em relação ao anterior: A rotina, os compromissos… O dia a dia vai sufocando aquela esperança e matando aos poucos a animação pelo novo que deveria nascer. Em 2022 houve uma lista de mil planos para 2023, mas a vida se encarrega de mudar tudo, inclusive os últimos dias foram tão corridos que me impediram de escrever a clássica postagem sobre “Os melhores de 2023”… O que obviamente não me impede de falar acerca dos planos para 2024. 

Ser mais ecológica: 

Ser mais ecológica é sempre uma meta a se buscar. Reduzir o consumo de maneira geral e cuidar dos resíduos gerados – Inclusive reduzindo o tempo de internet, pois descobri que  o uso excessivo da internet ajuda a superaquecer o planeta, o que é um paradoxo tendo em vista que seu uso é fundamental para sensibilizar as pessoas sobre a questão ecológica. 

Estudo e aprendizado

Outro plano que segue comigo de 2023 para 2024 é o de aprender inglês. Tem sido uma necessidade e vai ser cada vez mais. Também preciso fazer uma boa revisão das matérias do meu curso na faculdade. 

Ano passado, li 38 livros, incluindo vários infantis (por causa do trabalho). A meta, esse ano, é ler pelo menos 50 e também diversificar os tipos de leitura, alguns livros eu já decidi, outros ainda não: 

Filosóficos e Clássicos: 

Esboços e fragmentos – Rainer Maria Rilke

Literatura Latino-Americana

Cem Anos de Solidão – Gabriel García Marquez

Aprendizado de Idiomas

Manual de espanhol – Idel Becker

Bookworms Club Gold: Stories for reading circles

Sagas e fantasia:

A fúria dos Reis (A Guerra dos Tronos Volume I)

Alexandros – As areias de Amón

Alexandros – Os confins do mundo

Literatura Internacional:

O caçador de pipas – Khaled Housseini

O totem do lobo – Jiang Rong

Infantil

Troche – Desenhos invisíveis

Literatura Nacional

Galeria Fosca – Érico Veríssimo

Israel em Abril – Érico Veríssimo

Primeiras Estórias – João Guimarães Rosa

Conhecimentos que podem ser úteis no meu trabalho

Criatividade e Aprendizagem

Livros relacionados à faculdade:

Introdução ao Cálculo

Cálculo Integral em quadinhos

Ciências da Computação

Como programar em Python

Desenvolvimento Pessoal

A sabedoria de Tyrion Lannister

Descubra seus pontos fortes

Ler mais mulheres

Meus Naufrágios – Lunna Guedes (releitura)

Não vou pensar em metas mais “ambiciosas” pois desejo um ano leve e sem pressões. 

E vocês? Quais as metas para 2024? E a lista de livros a ser lidos? Comentem aí!