Til (José de Alencar)

Há tempos eu não lia um romance que realmente prendesse a atenção – Pelos comentários que tracei acerca das minhas últimas leituras é possível perceber que estive em uma péssima maré de sorte literária e, finalmente, essa maré ruim deu uma trégua já nas primeiras páginas de Til, obra escolhida para o mês de Março.

Til é uma narrativa da maturidade de José de Alencar (Mecejana/Ceará, 1929 – Rio de Janeiro/RJ, 1877). Seu estilo é bastante regionalista, descrevendo usos e costumes da época e do local onde a história se passa, ou seja, do interior do Estado de São Paulo. Calma! Nem toda a obra de cunho regionalista/nacionalista é difícil ou cansativa de ler e, no caso do livro em comento é importante salientar que a leitura flui facilmente, uma vez que o autor consegue narrar em poucas páginas uma trama complexa, intensa e muito envolvente. Berta, ou Til, personagem principal da narrativa, é uma menina de alma extremamente bondosa e a trama descortina aos poucos como sua vida se cruza com pessoas que fizeram parte de sua mais tenra infância e  a forma como sua presença altera o rumo das pessoas a seu redor.

Sou suspeita para falar sobre clássicos da literatura nacional pois raramente minha opinião apresentará pontos negativos – pelo contrário, em geral só encontro elogios aos nossos clássicos, especialmente tratando-se de obras de autores como José de Alencar ou Machado de Assis e, a leitura de Til só veio reforçar essa paixão literária e deixou um adorável gostinho de “quero mais”. E você, leitor(a), já leu “Til”, o que achou? Se já leu, deixe um pequeno comentário sobre o livro e, se não leu, não perca tempo! Leia!

Desafio cinetoscópio dos 30 filmes #4

Depois de um tempo de pausa, vamos ao post relativo ao Desafio Cinetoscópio dos 30 filmes. A proposição para o 4º dia é “Um filme em Preto e Branco”.  Não houve dúvida: A um passo da eternidade. Filme de 1953, estrelado por grandes nomes como Frank Sinatra e Burt Lancaster, o filme se passa na época da segunda guerra, precisamente pouco antes do ataque japonês a Pearl Harbor. É interessante a forma como o filme retrata a vida pessoal das personagens – em nenhum momento há aquela sensação de estar assistindo a um filme “de guerra” ou “de ação” – A guerra é um plano de fundo que influencia as personagens, mas apenas isso: Um mero plano de fundo. A história não se desvia, não há grandes cenas cobertas de sangue nem os efeitos especiais a que estamos acostumados. Outra coisa que me faz adorar o filme: A participação do Frank Sinatra no papel do soldado Maggio.

Responsável por uma das  cenas românticas mais famosas do cinema,onde Burt Lancaster e Debora Kerr rolam abraçados na beira do mar  (Anote-se: Uma das minhas cenas românticas favoritas), A um passo da eternidade é um filme comovente e delicioso de se assistir.

Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor (Allan E Barbara Pease)

A leitura do mês de Fevereiro certamente não é uma obra literária de ficção tampouco pode ser classificada como um tratado científico acerca do comportamento humano. Os autores demonstram a existência de diferenças entre o comportamento masculino e o feminino e as atribuem a formação da estrutura cerebral – o que ocorre ainda não gestação devido a ação dos hormônios. Outra preocupação constante dos autores é salientar o quão perigoso é tentar fazer com que homens e mulheres acreditem em uma suposta igualdade de gênero, pois se ignorarmos diferenças que de fato existem entre os homens e mulheres, o resultado será confusão e frustração.

A obra é interessante, de fácil leitura além de ser bastante engraçada em alguns momentos, vale a pena ler sem levar “ao pé da letra” tudo o que se diz.