Ano de 2009. Eu trabalhava em um Parque Cultural em São Vicente. Lugar agradável, réplica da primeira Vila do Brasil. Aos finais de semana, música ao vivo, baile frequentado pela Melhor idade. Eram meus dias favoritos pela animação e pelas canções. Vestida com o uniforme – réplica de vestimentas do século XV – eu borboleteava entre as mesas e casais que dançavam. Entre tantos músicos, um deles era meu favorito: Roberto Salvatore. Ele fazia o melhor cover do Frank Sinatra que já vi. Fisicamente não havia semelhança nenhuma, mas a voz… Que voz! E que repertório bem selecionado, variando entre o dançante e o romântico. Ao final, um pouco de música brasileira. Eu sempre pedia para ele tocar “O grande baile da saudade”, uma valsa do Francisco Petrônio. My way eu nem precisava pedir, já era parte do repertório. Lembro de ter pedido “Gentil Borboleta”, do Carlos Galhardo, canção que ele não chegou a tocar: Morreu, vítima de um câncer no ano de 2010. Foi uma perda. Na época, escrevi um poema, que deixo ao final do texto. Ele merecia palavras mais belas, mas foi o que consegui escrever de momento. Sempre lembro dele quando ouço os primeiros acordes do Sinatra.
Amigo que tão cedo partiu Sem dar tempo de dizer até breve Deixou em seu lugar uma saudade que meu coração nunca sentiu Tão profunda como a palavra adeus, e tristemente constante como a brisa leve Amigo querido, sempre lembrado Sobre a Terra, um anjo a menos a caminhar Tu és agora mais uma estrela no céu estrelado Que para sempre vai brilhar Num coral de anjos estás agora a cantar No paraíso vivendo a eternidade Deixando-nos eterna saudade Espero que no céu algum dia, possamos nos reencontrar...
Se quiserem conhecer o único vídeo dele disponível na rede, é só clicar aqui.
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