Jogos Vorazes – O filme

Um país dividido em doze distritos onde as crianças crescem sabendo que anualmente um casal entre 12 e 18 anos de idade deverá ser enviado para um jogo de onde apenas um sairá com vida. Imagine agora uma jovem que ama incondicionalmente sua irmã e quando a vê ser sorteada para o jogo, se voluntaria para assumir o lugar dela? Aflitivo? E se, além disso, for sorteado o menino que era apaixonado pela menina? Esse é o cenário inicial de Jogos Vorazes, filme baseado no livro homônimo.
Apesar de ser dirigido ao público jovem, é um filme bastante perturbador uma vez que seu foco principal não é exatamente o romance entre Kat e Peeta – há bem mais que isso: O filme mostra todo um jogo político e todo o pior lado do ser humano: Aquele lado que lota auditórios para assistir espetáculos odiosos onde vida e morte estão em jogo. Aquele lado que, na vida real, leva pessoas a se aboletarem para ver vitima de acidentes, transmitir fotos de corpos mutilados pela internet e etc. Será que se houvessem realmente “jogos vorazes”, seria diferente do filme ou veríamos plateias assistindo, mesmo sabendo que de 24 jovens, apenas um sobreviveria?
Apesar de ser pura ficção, vale a pena assistir o filme. Não posso falar sobre o livro, pois ainda não li, mas com certeza irei ler depois que assistir os três filmes da série já disponíveis.

Publicidade

Ao meu amor…

Um príncipe, um anjo, um menino
Tu és dono do meu destino
Tu és inspiração da minha poesia
Da minha vida, tu és a alegria

É o sonho que desejo a cada anoitecer
E o despertar de cada aurora
Distante de ti resta-me sofrer
E mesmo assim, a esperança em meu coração aflora

É a solidão que me consome
A ferida que não se cura
É a dor que nunca dorme
Mata-me pouco a pouco, e ainda o amo com ternura

É o vento frio que me acaricia a face
Congelando meu pranto
E ainda que tanto frio me matasse
Ainda assim, tu serias meu encanto

É a condenação da minha alma
E a completa liberdade
Aguardo-te com agonizante calma
Pois tu és minha felicidade

E se mesmo assim não me quiseres
Sei bem o que será de mim
Escreverei cantando do amor as dores
E seguirei a vida aguardando o fim.

Caminhos

Que caminhos a vida me destina?
Curvas sinuosas?
Longas trilhas verdejantes?
Nenhuma surpresa a cada esquina…
Poucas lembranças saudosas…
E muitos dias entediantes…

Profunda e intensa… Uma folha ao vento
Será minha poesia sempre lamento?
Serei sempre… Um par de pegadas na areia…
Uma única taça na mesa à luz de velas, um único travesseiro sobre a cama?
Corroída por essa paixão que me incendeia
Aquecida por esse amor que é tênue chama

Até quando apreciarei o conforto da melancolia?
A Lua solitária como meu ser
A noite, o frio, o triste sorriso e a fantasia
O meu ser é um não-ser, inconformado em te perder
O Amor é um quase invisível fio que nos uniu
E brevemente se partiu

Assim, a escuridão é tudo que me conforta
Quando chega a noite e te vejo em mágicas miragens
Sonhos, do Amor imagens
Dor que me afoga; lâmina que a minha alma corta
E ao mesmo tempo me seduz
E a amar-te mais e mais me conduz.

100 Fábulas Fabulosas – Millôr Fernandes

Fábulas são pequenas histórias dotadas de conteúdo moral. Não são (em sua grande maioria) privilegiadas pelo realismo. Geralmente acontecem “no tempo em que os animais falavam”, em lugares que “hoje já não mais existem”, em tempos que os historiadores jamais ousaram retratar. Neste contexto, Millôr Fernandes dá seu toque de humor às fábulas e às lições de moral, muitas vezes politicamente incorretas. 100 fábulas fabulosas é um livro para quem deseja distrair-se, rir e refletir sobre conceitos e valores de uma forma despojada e irreverente. É um livro para ler, reler, dar de presente; podem-se contar algumas de suas histórias aos amigos, como quase piadas morais, numa mesa de bar ou num almoço em família. Enfim, um livro que mais que um livro é um amigo.

Vou postar aqui algumas das que eu mais gostei, mas lembrem-se: Há 100 fábulas no livro, então, não deixem de ler a obra completa por ter lido o resumo de algumas das fábulas por aqui, ok?

Lição de moral: Cuidado quando a direita e a esquerda estão de acordo.

O que se pensar quando duas pessoas ou duas partes que sabemos adeptas de ideias completamente opostas, estão de acordo? Tomar cuidado, observar bem a situação, pois alguma vantagem certamente elas devem estar buscando. É isso que Millor pretende mostrar na fábula “Mudanças imutáveis… à maneira dos chineses” que narra o sofrimento de um homem muito rico que sofre por não conseguir dormir devido a dois ferreiros, seus vizinhos da casa esquerda e direita. Decidido a resolver o problema, oferece mil ienes (unidade monetária no Japão) a cada um para que se mudem dali. Eles aceitam e assim o fazem: O da direita vai para a esquerda e o da esquerda muda-se para a direita. Trazendo para a realidade: Se o tal homem rico da fábula tivesse procurado um advogado, poderia ter incluído no contrato que por algum tempo os dois vizinhos teriam que se mudar para uma distância pré-determinada de sua casa, como não o fez e não percebeu que foi fácil demais convence-los a se mudar, acabou tendo um prejuízo de dois mil ienes. Portanto, a segunda lição de moral desta história: Observe com cuidado todas as cláusulas de um contrato.

Lição de moral: Quando o pecado é grande não importa uma feijoada a mais ou a menos.

            Todos cometem erros durante a vida. Durante a vida conjugal, tais erros por menor que sejam, podem ter um significado maior, daí o porquê de tentar esconde-los om máximo possível. Na fábula “Amor com amor se paga”, Millôr conta a história de um casal, cujo homem à beira da morte confessa a mulher que errou, tendo sido mesmo infiel algumas vezes e que, a cada erro, guardava num saquinho uma moeda fazendo-a prometer que só abriria o tal saquinho quando ele já estivesse morto. Ele se recupera e, tempos depois ela caí doente, e, chamando o marido confessa-lhe que também cometeu muitos erros, guardando, para cada erro, um grão de feijão em uma lata, sendo que faltariam duas xícaras da lata, utilizadas numa feijoada na semana anterior. Esta fábula é de um humor irônico, revelando que todos cometem erros e carregam culpas, mesmo aquela pessoa “perfeita”, vez ou outra comete deslizes.

            Lição de Moral: É preciso ser reconhecida por Deus. Não basta ser reconhecida ao cirurgião plástico.

            Nesta pequena fábula, uma mulher muito bonita e virtuosa recebe a visita de Deus, que lhe promete cem anos de vida por suas inúmeras virtudes. Grata, ela dedica-se cada vez mais às práticas humanistas, mas, vaidosa como qualquer mulher, a cada período submete-se a uma cirurgia plástica, pois deseja manter-se bela. Aos setenta anos, morre atropelada e pede contas a Deus, que lhe havia prometido vida até os cem anos e ele responde que “não a reconheceu”.

            Esta história não é estranha aos que estão habituados a receber piadinhas via e-mail, pois, com certas variações ela é bem popular na internet. Também é engraçado reparar no título: “As ligações (cirúrgicas) perigosas”, que remetem o leitor a um título clássico “As ligações perigosas” (LACOSTLE), cujo tema é semelhante ao do conto: a vaidade.

            Lição de moral: Quem está na merda não filosofa. Submoral: Da discussão nasce a luz. E da luz?

            Nesta fábula, intitulada “os perigos da filosofia”, quatro jovens e um professor escondem-se em um quarto quase completamente escuro. São subversivos procurados pelas autoridades. Sem alternativa que não ficar ali, escondidos, começam a filosofar sobre “qual a maneira mais apropriada de encher o quarto completamente” sem ter, no entanto, que abandona-lo. Um sugere palha, outro areia, outro, água, mas todos estes meios possuíam divergências com a pergunta: a palha não encheria por completo o quarto. A areia não permitia que eles continuassem no quarto. A água a todos afogaria. Até que o último estudante resolve o problema: Acende a luz, que enche completamente o quarto. Enquanto o professor começa a falar sobre a importância da luz, a polícia entra e fuzila a todos.

            Há um tom de humor claramente irônico neste pequeno conto. Os fugitivos estão em uma situação difícil ( ou seja, “na merda” como bem diz a moral) e, para passar o tempo, começam a filosofar, focando em um objetivo abstrato. Após tão “produtiva” discussão, nasce a luz, não no sentido filosófico da palavra, ou seja, não a luz como uma nova ideia destinada a resolver grandes problemas, mas sim a luz, aquela que a maioria das pessoas pode acionar em suas casas através do interruptor. E da luz? O que haveria de nascer? Neste caso, nasce a tragédia: Todos morrem fuzilados.

            Lição de moral: Toda repressão tem sua cota de permissividade.

            Outra fábula com certo humor: Um carro vem passando pela estrada, quando é parado por um guarda que, empolgado parabeniza o motorista por ter sido o milésimo a passar pela estrada “do Progresso e da Liberdade”  e, por isso acaba de ganhar um milhão de cruzeiros. Ao perguntar ao motorista o que pretende fazer com o dinheiro, ele responde “comprar uma carteira de motorista”. Tentando corrigir a burrada feita pelo marido, a esposa responde que “o guarda não deve prestar atenção a estas bobagens, uma vez que o homem está bêbado”, tentando corrigir ainda os deslizes dos dois, replica que “se ele estivesse bêbado, não teria conseguido roubar o carro”. Diante disto, o guarda, rindo, elogia lhes o bom humor e manda que sigam viagem.  Resta, ao final da fábula uma dúvida: e o tal prêmio?

Lição de moral: “A superproteção num tá cum nada”

            Conto marcado pelo humor e pela malicia, narra a lenda de Prometeu e Pandora de um modo diferente. Usualmente, conta-se que Prometeu, por roubar o fogo dos céus e dar aos homens foi condenado a viver durante trinta mil anos amarrado ao Cáucaso com um abutre a comer-lhe o fígado. Nesta fábula, no entanto, antes deste castigo, Zeus impôs outro a Prometeu e a humanidade: Deu-lhes uma mulher (que naquele tempo, segundo Millor, só existia na terra dos deuses) de nome Pandora, que, além de inúmeras qualidades possuía uma “caixinha negra de forma triangular que Zeus havia lhe dado recomendando que não abrisse para ninguém”, os homens, instaram-na a abrir a tal caixinha (nas palavras do autor – virgindade) e, quando ela o fez, vencida pela insistência e curiosidade (o que haveria lá dentro?), Pandora abriu a caixinha e de lá saíram todos os males do mundo (luxúria, inveja, medo, cheque sem fundo, impontualidade) e povoaram a terra para sempre. Pandora fechou as pernas, onde tinha colocado a caixinha, retendo a esperança por isso, até hoje, “a Esperança só dá no escuro e os homens vivem atrás dela aos tropeções, mas não desistem”.

Lição de moral: “Só um burro tenta ficar com a parte do leão”

            Nesta fábula nota-se a presença de um elemento característico da maioria das fábulas: Animais falantes, com ações quase humanas. Aqui, um rato, um leão e um burro saem a caçar. Ao voltarem, o leão chama o rato a beber água com ele e pede ao burro que reparta a caça; o burro reparte em três partes iguais, o que faz o leão, indignado, mata-lo. Fica então o rato incumbido de repartir a caça, o que o faz diligentemente, deixando um enorme monte para o leão e reservando para ele apenas um pequeno ratinho. O leão, encantado, lhe elogia a inteligência, pedindo-lhe explicações de como chegou a uma partilha tão justa. O ratinho explica que, chegou a tal partilha considerando o tamanho e a força do leão e a posição que ocupa na floresta, concluindo que suas necessidades são bem maiores que a dele. Arremata dizendo que aprendeu tudo naquele instante, com o burro morto.

            Lição de moral: “A imortalidade é discutível, a gatunagem não”

            Certo imperador ganhara um frasco com um vinho que supostamente lhe daria a imortalidade, no entanto, na hora da refeição, o frasco onde havia o tal vinho estava vazio. Após breves instantes, descobriu-se que um eunuco era o culpado e, furioso, o imperador mandou executa-lo, dando-lhe um minuto apenas para sua defesa. O eunuco ponderou que, mata-lo não seria digno da sabedoria do rei, pois, se o tal vinho fosse mesmo um elixir da imortalidade, ele não morreria. Se não fosse, morreria inocente, tendo bebido um vinho qualquer. Diante desta lógica, o imperador determinou que o eunuco seria castigado com 150 chibatadas por dia até o fim da vida. Ou seja, se bebeu o vinho da imortalidade, receberia 150 chibatadas diárias  eternamente, se não, as receberia até morrer por ter bebido um vinho que não lhe pertencia.

            Lição de moral: “A rã o que é da rã e ao boi o que é do boi” ou “ A tecnologia agrícola exige especialização”.

            Conta uma antiga fábula que uma rã, com inveja do tamanho do boi, tanto respirou e procurou inchar que acabou explodindo. Nesta versão, a rã consegue chegar ao tamanho do boi e, ao ver isso, o fazendeiro a coloca para puxar o arado em um terreno cheio de imperfeições, onde o boi jamais conseguiu arar por  não saber saltar.

            Trazendo para o dia a dia: Não adianta sentir inveja dos outros, todos tem algo apertando o calo e só cada um pode dizer o que incomoda. Se a rã não tivesse inveja do boi, não teria sido obrigada a fazer-lhe o trabalho.

            Lição de moral: “Todo gato verde precisa ser ratificado”.

            Outra fábula curta e muito engraçada. Um grupo de ratos encontra um gato pintado de verde com um logotipo vegetariano pendurado no pescoço. Alegremente, aproximam-se, pensando que o gato não oferece perigo. Ledo engano, meia dúzia de ratos é devorada pelo felino, fazendo com que o rato mais velho conclua que “o vegetarianismo aumenta a voracidade dos ratos”.

            Lição de moral: “Onde só há fumaça não se deve chamar o Corpo de Bombeiros”

            Narra a discussão entre dois gaúchos, um churrasqueiro e um que gostava de presunto defumado. A discussão deu-se porque o gaúcho que gosta de presunto defumado utilizou a fumaça do outro para defumar seu presunto. O churrasqueiro queria exigir que o outro pagasse pela fumaça utilizada. Como a discussão não chegava a um fim, os dois chamaram um magistrado para que resolvesse o impasse. O douto julgador ordenou que o gaúcho do presunto jogasse ao chão uma pataca (dinheiro); recolheu o dinheiro do chão e disse que o som da moeda era suficiente para pagar ao outro a fumaça utilizada e saiu murmurando “honorários”.  Nem sempre é necessária e vantajosa a intervenção de outra pessoa para resolver problemas. Muitas vezes o valor que se paga por tal intervenção é superior ao que poderia ser pago se houvesse acordo.

            Estes breves resumos são mais que suficientes para despertar no leitor o desejo de conhecer o restante da obra, por isso, tomo a liberdade de encerrar por aqui esta resenha, deixando um “gostinho de quero mais” no amigo que me lê.

Trilhas sonoras da minha vida: Banda Maneva

A vida das pessoas deveria ter uma trilha sonora. A tua tem? Não? Ah… Música é algo tão sublime e bom, tão bom que hoje eu quero dividir com vocês um pouco da trilha sonora da minha vida. Já fiz isso em algumas outras oportunidades, falando sobre minha paixão por Legião Urbana, Frank Sinatra e Charlie Brown Jr… Hoje vou falar um pouco sobre uma banda que descobri há uns meses e tem sido presença freqüente na minha playlist: Maneva.

            Segundo o release disponível no site da banda, Maneva é um nome de origem africana que significa “Prazer”. E prazer é uma das palavras que podem resumir a sensação de curtir o som dessa banda que começou em 2005 e tem todo o potencial para traçar uma longa trajetória.

            Chega de falar né? Como sempre, vou postar os links das canções que eu mais ouço para vocês poderem conhecer um pouco o som e a vibe da banda.

1) Saudades do Tempo

Saudades do tempo, dos velhos momentos
Dos anos passados que foram com o vento
Sorrisos, lembranças, belos sentimentos
De transformações e de renascimentos

Praias, viagens pela madrugada
Nossa rotina era o pé na estrada
Sempre felizes sem pensar em nada
Paisagem mais bela é o sorriso da amada

Contava as estrelas manto prateado
Sentia o calor de um abraço apertado
Fazia minha boca tocar o seu lábio
Lua iluminava com um Bob no rádio

Nas manhãs nubladas, bom humor imperava
A vida era um jogo, sem cartas marcadas
A noite no fogo, um bom som que rolava
Por entre a fumaça, diversas risadas

Como se seus ouvidos pudessem respirar
O som invadia o corpo, como se fosse o ar
O som tomava forma, sensação de bem estar
Momentos de magia, muitas formas para amar

Marcas de batom na borda de um copo plástico
No peito euforia, abraços, riso fácil
E com desconhecidos, seguia, criando laços
Transpirava alegria era dona dos seus passos
Consciência admirável como as tintas de uma tela
Seus olhos tinham o brilho das cores da aquarela
Seu cabelo ao vento era a paisagem mais bela
Tinha a complexidade de uma Vênus moderna

Ascendeu ao azul do céu nos seus próprios pensamentos
Não pensou no seu futuro, ela era o momento
Vi a ponta dos seus pés no gelado do cimento
Entre olhares meu desejo, povoar seu pensamento

2) Pisando descalço

Pisando descalço nesse chão molhado
Deito do teu lado para relaxar
Fazendo fogueira, sem eira nem beira
Deitado na esteira vendo o luar

Pego o meu violão
Canto uma canção que já fez maluco se por a dançar
Aquele doce
Que derrete a mente no desembaraço desse meu cantar
Aquela morena
De saia pequena com seus olhos grandes parece voar
Hoje na natureza
Não importa a feira, é dia de doideira e não de trabalhar

Brinco pelo espaço, estreitando laços
Eu não tenho fardos para carregar
Minha vida é plena, não faço besteira
Peço a padroeira pra me abençoar
Escuto meu coração

Pois a minha razão muitas vezes atrapalha o meu pensar
E ele me trouxe
O discernimento justo no momento em que pensei parar
Saí do dilema
Entre o asfalto duro e olhar paredes prefiro cantar
Hoje na natureza
Não importa a feira, é dia de doideira e não de trabalhar

3) Luz que me traz paz

Refletiu nos meus olhos, adeus, solidão
Duas histórias que se cruzam sem intenção
Combustível pra alma, minha inspiração
Povoando minha existência e imaginação

Quando fecho meus olhos sempre posso sentir
Os seus olhos e seus lábios sorrindo pra mim
Nado nesses seus olhos, mar de inspiração
Tua boca, tua pele, teu cheiro é canção

Eu vou cantar pra ela
Que sem ela não existo mais
Eu vou cantar pra ela
Que eu sempre a quero mais
E eu vou dizer pra ela
Que ela é a luz que me traz paz

Refletiu nos meus olhos, adeus, solidão
Duas histórias que se cruzam sem intenção
Combustível pra alma, minha inspiração
Povoando minha existência e imaginação

Teus cabelos, meus dedos, vigor e desejo
O suspiro e o sal na pele começa com um beijo
Nossas bocas, duas peças, encaixe perfeito
Eu me entrego nervoso, nunca com receio

Eu vou cantar pra ela
Que sem ela não existo mais
Eu vou cantar pra ela
Que eu sempre a quero mais
E eu vou dizer pra ela
Que ela é a luz que me traz paz

Eu vou dizer pra ela
Eu vou dizer pra ela
Eu vou dizer pra ela
Que ela é luz que me traz paz

4) Reviso meus planos

Reviso meus planos e até meus enganos
Todos me levaram a você
Um cara sem rumo de hábitos noturnos
Que só procurava prazer
Um brinco de pena, um par de estrelas negras
Se chora até faz chover
Meu cabelo comprido cobre o fone de ouvido
E a barba sempre por fazer

O destino uniu nossos caminhos
Mistura de amor e prazer
Posso até assistir nossos filhos
E como eles irão crescer

Reparo em seus traços
Refaço meus passos, e sei que meu mundo é você
Mudou minha vida, curou minhas feridas
Sem mesmo dizer o porquê

Serei seu espaço, serei sempre grato
Por ter me ensinado a viver
És o que preciso, loucura e abrigo
Morar no teu jeito de ser

5) Lembranças

São só lembranças
Suas tranças por entre as minhas mãos
A dança, quadris, movimento, explosão
Éramos crianças, esperando anoitecer
Marionetes conduzidas pelos fios do prazer

Sua fala mansa, me arde a dor de não ter distância
Que só o tempo vai percorrer
A eternidade nos teus braços era pouco pra entender
Que o vermelho dos teus lábios era o sangue do meu ser

Nunca fomos perfeitos
Sem aviso a vida dá, sem aviso a vida tira
Aproveite com prazer enquanto o amor ainda brilha
Não seja só lazer, não se perca pela trilha
Aproveite um bem querer mesmo que for na despedida
Dentro de um velho quarto tentando me convencer
Que o rosto no retrato não vai mais envelhecer

6) Meu pai é rastafar-i

Depois de três meses que minha mãe acabara de falecer
Recebi uma carta de quem eu pensei que nunca mais iria aparecer
Quando li tinha palavras amargas
Podia sentir o papel ainda molhado de lágrimas ou coisa assim
A carta dizia assim:

“Cansei de São Paulo
Resolvi mudar de estado,
Pra poder espairecer
Deixei meu cabelo crescer,
A minha barba por fazer
Não sabia se ia engordar
Ou se ia emagrecer
Até que pensei,
Como um cara da minha idade
Tive você com dezesseis,
Precisava de mais liberdade
Subi num caminhão e sem direção
Como um covarde
Eu cheguei no Maranhão
Aqui estava mais confiante e feliz
Com vários amigos,
Fazendo um reggae raiz
Mandei essa carta
Pra você não se espantar
Aqui está meu endereço,
Venha me visitar”

Fui visitá-lo
E ele estava bem mudado
De cabelo rastafari,
Enrolando um baseado
Foi aí que eu percebi
Que ele estava mais lesado
Com idéias rebeldes,
Com o olho avermelhado
Perguntei por que tinha isso na mão
Se quando eu usava
Me diziam que não era bom
E respondeu, humildemente
“Faça sua cabeça
E se sente com a gente”

Meu pai é Rastafar-I
Meu pai é Rastafar-I
Meu pai é Rastafar-I

7) Mar do meu mundo

Nos olhos um azul profundo revela sua alma,
No Mar do meu mundo,
Eu sempre fico no cais.
As águas são claras,
São calmas,
Mas sempre da medo de atravessá-las,
Não sei o que encontrar.

Cor tão bela,
Não dá trela,
Pro meu barco marrom.
Não navega,
Abro a vela,
Mesmo sem ter vento bom.

À deriva a hora são segundos,
Não perco minha calma,
Sou filho do justo,
Espero o que precisar.
Tenho na minha consciência,
Não posso viver no escuro da ausência,
Dos olhos que gosto de olhar.

Cor tão bela,
Não dá trela,
Pro meu barco marrom.
Não navega,
Abro a vela,
Mesmo sem ter vento bom.

Lá quando tem chuva,
As águas não ficam turvas,
Só realçam o azul do meu mar.
Nem um problema que surja,
Nada mais me preocupa,
Que ver meu mar chorar.

Horizonte

Eu já sei o teu nome, a tua idade e o teu telefone. Eu já sei a textura exata da tua pele e em sonhos nossas mãos se unem todas as noites. O som da tua voz é minha canção de paz. Sabe bambino, você é como um furacão e eu sou uma folha de papel que você arrasta a esmo por aí. É assustador e ao mesmo tempo é belo – é como se eu flutuasse e pudesse ver a vida do alto. E eu subo e subo, meu coração deseja voar e tocar o teu. Impossível, eu sei – não foi um coração humano como o meu agraciado com o dom de alcançar o coração de um anjo misterioso como você. Mas sabe de uma coisa? A cada segundo eu percebo que foi o erro mais correto da minha vida entrar naquela sala e deixar que teu olhar quebrasse minhas barreiras de proteção. Bambino, o horizonte é lindo e inalcançável e ainda assim eu insisto em ir em direção a você:  que é meu horizonte. Não sei quem irá juntar os cacos do meu coração quando eu cair das nuvens. Também não sei o motivo pelo qual escrevo cartas que você não vai ler. Tudo nesta vida é um mistério, mas o amor… O amor é o mistério sublime que eu aprendi a conhecer no teu olhar sem que você sequer percebesse. Não sei quando iremos nos ver – já não há segundas feiras para mim – mas até lá sonharei contigo durante cada segundo do meu dia e em meus devaneios noturnos viveremos num universo paralelo onde nossos nomes são traçados juntos dentro de um coração na areia da praia e nós, abraçados, sabemos que conseguimos o impossível e atingimos o horizonte.

(Da série “Devaneios tirados do fundo de uma gaveta” – escrito em algum dia de 2013)

Sonâmbula de amor

Fecho os olhos para te encontrar
No silêncio vazio da madrugada
Não durmo, tão pouco estou acordada
E o único som que escuto é meu suave respirar

Assim, semi-acordada vejo-te enfim
E minha pele arde, desejando tocar a tua
Minha alma viaja para momentos que não vivemos antes do fim
E como dói esta solidão, esta tristeza nua

Preciso desesperadamente parar de te desejar
Deixar de sonhar contigo, e, ao acordar
Ver apenas tua foto ao meu lado
Tua imagem em meu coração magoado

Não devo te buscar entre os lençóis que tu jamais conheceste
Nem arrepiar-me ao pensar em tua pele aveludada que pouco toquei
Dei-te a chave do meu coração e em algum rincão a esqueceste
Selei meu destino ao teu na primeira vez que te beijei

E assim, com tanta dor e saudade é impossível não sonhar
E em sonhos querer viver
Pois em sonhos posso te amar
E ser teu bem-querer

Vivo sonâmbula de amor
Ardente de paixão
Longe de ti, meu mundo não tem cor
Prefiro então sonhar essa doce ilusão.

(Texto: Darlene R. Faria)

O passeio

Hoje o dia amanheceu chove não chove e o único raio de sol que iluminou o dia foi lembrar que ao cair da tarde eu iria ver o teu sorriso mais uma vez – meu coração grita – eu não deveria devanear, não deveria sequer te encontrar, não deveria querer te ver. Mas eu quero. Sabe garoto misterioso, um final de tarde nublado e frio nunca mais será o mesmo depois de hoje. Aqueles pequenos prédios de tijolos e aquele estacionamento não serão mais os mesmos. A avenida da praia não será a mesma e sabe o motivo? As poucas horas em que eu vi o teu sorriso em todos estes lugares enquanto conversávamos e eu tentava não deixar que você ou nossos amigos percebessem que meus olhos brilhavam mais a cada palavra ou gesto teu. E cada vez que eu percorrer esses caminhos ou me sentar naquela lanchonete, meu coração irá se lembrar de uma noite bonita e chuvosa. E embora eu saiba que você não vai ler estar carta, gosto de imaginar que você um dia irá ler tudo isso, sentado comigo num sofá quentinho tomando uma xícara de chocolate quente e que vai rir e dizer “mas não aconteceu nada demais naquela noite” (se é que você irá lembrar-se disso dentro de alguns anos) e nessa minha realidade alternativa onde os anos se encarregam de nos juntar eu irei dizer “Aconteceu sim. Naquela noite eu deixei você derrubar os últimos pedaços da barreira que me protegia quando aceitei tua carona para casa, tua companhia em um passeio e teu sorriso de menino levado e inocente”.

(Da série “Devaneios tirados do fundo de uma gaveta” – escrito em algum dia de agosto de 2013)

Devaneios e Poesias entrevista Aleksandr Koshmarovicth

Matheus Ferrarezi ou Aleksandr Koshmarovitch, como é conhecido no meio literário, é um jovem e talentoso escritor de 20 anos de idade. Assim como muitos outros artistas pelo mundo, ainda não foi descoberto pela chamada “grande mídia”. Sua obra é repleta de nuances sombrios e complexos e poderíamos facilmente dizer que ele é um autor da segunda geração romântica não fosse os séculos que separam a citada escola literária dos dias atuais.
O blog Devaneios e Poesias entrevistou esse talentoso jovem, natural da cidade de São Carlos, porém nascido para brilhar em versos pelo mundo a fora. Uma pena não ter sido possível viajar até lá para fazer uma entrevista com direito a bolo, suco, filmagens e bate papo!

Devaneios e Poesias: Você tem 20 anos correto? Pude notar na tua página no site Recanto das Letras que a tua primeira publicação, o poema “Desfile das sombras” foi em 2010, portanto, com aproximadamente 15 anos de idade. Foi o teu primeiro poema? Ou você já escrevia antes de iniciar as postagens no Recanto?
Aleksandr Koshmarovicht: Sim, um novo Álvares de Azevedo hahahahaha… Na verdade, o “Desfile das Sombras” foi o meu primeiro poema “decente” – alguns outros vieram antes dele, talvez entre uns cinco e nove(!), mas por os achar bastante ruins eu os joguei fora e me esqueci completamente deles… se bem que tenho alguns nomes de primeiros poemas que fiz: “Ultrarromantismo 1” e “2”, “Ode à minha infância” e “Setenta vezes sete” – infelizmente, estão enterrados no fosso de minhas memórias e não me lembro dos versos de nenhum deles. Apenas os que julguei “bons” sobreviveram e foram pro Recanto.

Devaneios e Poesias: O que sentiu quando recebeu seu primeiro comentário de uma pessoa desconhecida?
Aleksandr Koshmarovicht:  Logo no primeiro dia de Recanto das Letras acho que eu recebi uns três comentários, ou cinco hahahaha Eu fiquei bastante feliz pelas pessoas terem dedicado sua atenção a mim, eu postava meus primeiros poemas mais por diversão mesmo, para não perdê-los… Mas o feedback da galera do Recanto foi tão bacana que decidi ficar por lá e continuar postando (se bem que modero os comments pra evitar avacalhações hahaha).

Devaneios e Poesias: Qual o motivo de usar o nome Aleksandr Koshmarovitch? É um nome artístico? O que te levou a escolher um nome tão diferente?
Aleksandr Koshmarovicht: Esse nome me orgulha bastante, porque veio de um brainstorm genial que eu tive… Eu estava brincando com as palavras e praticando meu russo (tenho uns parcos conhecimentos de russo) quando de repente esse nome surgiu na minha cabeça “tão súbito como uma chuva de verão” hahahaha Aleksandr vem do meu escritor russo favorito, Aleksandr Pushkin, e o Koshmarovitch vem da palavra russa “koshmar” (“pesadelo”) – achei que seria um bom nome pra definir minha personalidade… Eu às vezes assino como “Donatien von Retz” também (em homenagem ao Marquês de Sade e ao Gilles de Rais).

Devaneios e Poesias: Nos teus textos dá para perceber uma forte influência dos poetas da segunda geração do romantismo. Há algum autor que seja o teu preferido?
Aleksandr Koshmarovicht: Eu comecei bastante influenciado pelo Álvares de Azevedo, após descobrir um trecho de “Noite na Taverna” e ter me apaixonado… Depois vieram outras influências ultrarromânticas, com Casimiro de Abreu em segundo lugar, mas o Azevedo foi a principal e ainda duradoura.

Devaneios e Poesias: O que te inspira a escrever?
Aleksandr Koshmarovicht: Amor pelos meus amigos, descarga de ódio, sentimentos negativos… o foco principal da minha obra é essa binomia entre amor e ódio… Sem um não há o outro… “Quase que depois de Ariel esbarramos em Caliban” hahahaha

Devaneios e Poesias: O romance “Camila” e o romance “A danação de Christian” são bastante densos, o segundo tem uma atmosfera muito sombria inclusive. Como foi escrevê-los? Está planejando escrever algum novo romance em breve?
Aleksandr Koshmarovicht: Ambos foram experiências bastante proveitosas e divertidas, eu estava bem no começo de carreira quando comecei a escrever o “Camila” – então é um livro bem fofo, romântico, quase meloso hahahaha O fiz para que uma menina da qual gostava (e ainda gosto muito) soubesse o que eu achava dela, e como me sentia em relação ao nosso relacionamento à época conturbado – criar cada personagem foi bem divertido, e as descrições da Camila foram algumas das mais lindas que já fiz! O segundo livro fiz em homenagem à minha ex-namorada Stephanie, já que há tempos eu brincava que acabaria escrevendo pra ela também… Pelo fato de a Stephanie ser uma pessoa de mentalidade mais dark, e eu também estar bastante dark na época, ele tem uma influência mais pesada de Goethe (“Werther” e “Fausto”), e um quê mais satírico… Foi igualmente uma experiência bem divertida. Meu terceiro livro, um poema narrativo inspirado pelo “Beppo” de Byron, é o meu trabalho que mais me deixa orgulhoso, e o que mais retrata meu posicionamento artístico… Eu penso nele, e nos outros dois, com muito amor. Ando pensando em escrever um quarto livro, sobre um personagem chamado Alceste, que representa a mim, como quase todos os outros personagens de minhas obras hahahaha Vai ser muito diferente dos outros três, com menos enfoque no romantismo, mais dark e bastante pessoal – pretendo que saia talvez até o fim desse ano… Pretendo chamá-lo de “As Jornadas de Alceste”.

Devaneios e Poesias: Você muda radicalmente o foco – do romance para a filosofia – em seus outros livros. Quais suas influências filosóficas?
Aleksandr Koshmarovicht: Eu gosto bastante de Voltaire, Rousseau e, acima de todos, William Blake – eles moldaram meu pensamento religioso/filosófico, o que pode ser visto em meus 4 manifestos da Filosofia da Lâmina.

Devaneios e Poesias: Falando sobre a vida pessoal um pouco – Você estuda Direito. Além da faculdade, há algum outro curso que faça?
Aleksandr Koshmarovicht: No momento, não – mas já estudei Inglês e informática por 5 e 3 anos, respectivamente.

Devaneios e Poesias: E no futuro? Como você se vê, digamos, daqui há10 anos?
Aleksandr Koshmarovicht: Morto devido a envenenamento por arsênico hahahahaha Ou quem sabe numa pequena e aconchegante casinha nas Seychelles com minha amiga Camila, sem família, sem gente enchendo o saco, sem nada – só nós dois vivendo à base de livros, música e cocos – ou na Lituânia, ou no Butão – países que admiro muito.

Devaneios e Poesias: Quem te segue no facebook costuma ver postagens com fotos de um boneco chamado “Pulpo”. Qual a história dele?
Aleksandr Koshmarovicht: Meu querido filho adotivo Pulpo foi encontrado na rua, faminto, triste, solitário, falando alguma língua que julgo eu ser proveniente dos Bálcãs e tendo apenas dinheiro de algum país desconhecido do Leste Europeu em seus bolsos – me compadeci daqueles olhinhos tristes procurando por amor, e o adotei a fim de que ele tivesse uma família, já que eu mesmo não tenho uma – e desde então ele é minha bússola moral, filho adotivo, secretário, aide-de-camp e Chevalier Servente… ahahahaha

Devaneios e Poesias: Teus textos são realmente excelentes, já se inscreveu em algum concurso de poesias ou contos?
Aleksandr Koshmarovicht Não, mas isso por preguiça… E o único para o qual me inscrevi perdi hahahaha Se bem que por ser um concurso promovido pelo SESI, é compreensível lol

Devaneios e Poesias:  Às vezes você se dirige às pessoas no facebook de formas um pouco, digamos, diferentes e isso faz parte do teu jeito de ser, porém, uma curiosidade: Alguém já se ofendeu ou te criticou por isso?
Aleksandr Koshmarovicht: Ironicamente não… Meus amiguinhos sabem que é só brincadeira… Podem ser um bando de parasitas, mas eu amo todos e cada um e eles sabem disso… Não sabem?

Devaneios e Poesias: Além da influência romântica, há alguma outra?
Aleksandr Koshmarovicht: Lembro-me de ter começado a escrever graças aos livros da J. K. Rowling e do Lemony Snicket – mas acho que minha obra é realmente fixada nos padrões romanescos hahahaha Não mais do jeito puro que era no meu começo da carreira, outras influências mais desconectadas do movimento romântico acabaram por entrar – Aloysius Bertrand e Lautréamont, por exemplo – mas ainda estou bastante preso aos paradigmas do romantismo.

Devaneios e Poesias: Em 5 anos de Recanto das Letras, você tem 10125 leituras dos textos e 432 leituras dos e-books. Isso te surpreende?
Aleksandr Koshmarovicht:Perkele! Tudo isso, já? De fato fico bastante surpreso, acho que a galera gosta bastante de mim hahahaha E eu gosto da galera também J

Devaneios e Poesias: Poesia, literatura e música costumam caminhar lado a lado. Quais sãos suas influências musicais favoritas?
Aleksandr Koshmarovicht: Qualquer música que eu venha a achar bonita serve de base pra eu fazer algum poema – mas minhas bandas favoritas são Ebonylake, Cabine C, Katatonia, O Último Número, Christian Death, Cradle of Filth, Vultos, Hecate Enthroned e The Cure – meus poemas mais recentes e a criação do meu personagem Alceste foram todas influenciados pelo Ebonylake principalmente, uma banda que sugiro que todos escutem se quiserem compreender minhas pulsações mentais

Devaneios e Poesias: Qual a mensagem que você gostaria de deixar para os seus fãs?                                                     Aleksandr Koshmarovicht: Eu não quero trabalhar num depósito de madeira! ; )

Conheçam um pouco da obra de Aleksandr Koshmarovicht clicando aqui!

Nota da autora: Quem acompanha o blog “Devaneios e Poesias” pode perceber que esta é a primeira entrevista elaborada pela página. Se você tem algum trabalho bacana – música, textos, poesias – e divulga por algum meio que não seja a plataforma wordpress – entre em contato! Mensalmente eu vou escolher algum artista para entrevistar aqui no blog! E, aguardem em breve eu posto sobre o Blog do Mês de Abril (sim, a postagem está atrasada).