Outubro trouxe o dia das crianças, algumas reflexões e uma mudança repentina em meus dias. No trabalho, o início do mês foi agitado pela semana das crianças e até eu ganhei presentinhos (doces) dos alunos com bilhetinhos fofos de “Tia, feliz dia da criança”. Outubro trouxe também o agravamento da belicosidade em terras palestinas e israelenses e a reflexão sobre o quanto o ser humano é vergonhoso. Tentei colocar meu desânimo em um poema, mas ainda não consegui. Sinceramente? Olho as crianças brincando na escola e tenho vergonha do mundo que a minha geração e as anteriores construíram, do mundo que entregaremos para elas levarem adiante. Entre aquecimento global e extinção de espécies, os grandes líderes encontram tempo para fazer guerra. Fica difícil encontrar boa vontade para não torcer pela nossa extinção.
Estou afastada do trabalho desde o dia 12, pois operei a vesícula que estava com algumas pedras, possivelmente um presente genético. Tudo correu bem e eu teria tido alta do hospital no mesmo dia, mas como minha rua estava inundada, pedi para passar a noite lá – Afinal, inchada e dolorida pela cirurgia, seria horrível e perigoso ter que vestir botas de cano alto para enfrentar a enchente. Essa cirurgia me afastou de três coisas que gosto: Dos meus alunos, das aulas de pole dance e da capoeira. E como a recuperação pressupõe muito repouso, este mês foi quase todo dedicado a ler, assistir vídeo aulas e ver filmes e uma série: Finalmente terminei supernatural (nem lembro quando havia começado a assistir).Para quebrar o tom desanimado do texto vou compartilhar aqui os resumos do que assisti e a dica de uma playlist gostosa do spotify:
Um fim de semana prolongado:
Bart e Vienna se conhecem por acaso quando ambos passam por situações emocionalmente complicadas. O filme segue a clássica estrutura dos romances: “rapaz conhece garota e…”, entretanto não espere finais clássicos: Não há espaço para “felizes para sempre”, nenhum ex volta para assombrar os pombinhos e nenhum deles morre tragicamente. O obstáculo é um elemento fantástico que empresta um toque de faz-de-conta a uma comédia romântica que foca nos diálogos e numa relação intensa com data certa para acabar.
O ano em que eu comecei a vibrar por mim
Uma comédia que acompanha a vida de Hanna, uma mulher determinada que não aceita que a vida lhe dê não como resposta. O filme tem passagens engraçadas e apimentadas. Trata-se de uma produção sueca e talvez por isso traga uma sensação diferente das comédias brasileiras ou norte-americanas.
Como Agarrar meu ex-namorado
Muita ação, trapalhadas, uma pitada de romance e um final bem costurado fazem desse filme uma ótima dica. Stephanie torna-se caçadora de recompensas para sair de uma situação financeira difícil. Sem experiência nenhuma, ela insiste em pegar o caso mais difícil do escritório: Encontrar o ex-namorado, um policial acusado de homicídio que fugiu durante a condicional.
Supernatural:
A mais longa série de terror/fantasia da história da TV americana segue a história de Sam e Dean Winchester, irmãos criados pelo pai para caçar monstros, salvar pessoas e vingar a morte da mãe. A série questiona a dualidade bem absoluto/mal absoluto bem como os arquétipos: Deus é bom? Os anjos são bons o tempo todo? O15 anos no ar, muitas risadas, emoções, e efeitos especiais. Vale a pena maratonar.
E vocês? Como estão? Como passaram o mês de Outubro? O que estão achando dessa situação mundial absurda? E o que assistiram/leram/ouviram para relaxar e fazer de conta que o mundo ainda tem jeito?