O conto do Pôr do Sol.

A menina sentiu o coração saltar quando ele se aproximou – Tantos meses de distanciamento, tanta saudade represada, tanto medo. Parecia irreal vê-lo, ouvir sua voz, sentir seu olhar. Caminharam pela calçada até atingir a areia da praia. Em nenhum outro momento o mar lhe parecera tão belo. Embevecida, ela buscava guardar cada mínimo instante, o som de cada risada, a sensação de um calor gostoso que lhe invadia o coração. Tocaram-se. Mãos, dedos entrelaçados, corpos que se aproximaram num abraço a tanto tempo aguardado. Ela fechou os olhos enquanto ele lhe beijava a testa. Tinha vontade de pedir para que ele nunca mais a soltasse, mas apenas conseguia retribuir os carinhos, respirando fundo aquele cheiro da pele dele – O coração apertado de saudade começava a relaxar. Abraçá-lo era como abraçar a felicidade, como segurar nas mãos a maior preciosidade que o Universo pudesse lhe presentear. Os lábios se tocaram num beijo longo, as mãos continuavam unidas, o abraço apertado. Ela sentia que o mundo havia parado abrindo uma brecha de paz e segurança em meio ao caos. Quando o beijo terminou, ainda abraçada a ele, a menina abriu os olhos por um breve instante e percebeu que o Sol já estava quase mergulhando na linha do oceano, deixando no céu um rastro alaranjado, brilhante como brasa, brilhante como o sentimento que ele lhe despertava no mais profundo de sua alma. Naquele momento, observando o céu, o mar e as mãos entrelaçadas, em um instante de silêncio, ela pôde ter certeza de que, se alguém perguntasse a ela qual é a definição de felicidade, ela teria a resposta mais verdadeira, simples e pura: Felicidade é poder segurar as mãos de quem se ama, sem pensar em mais nada, sem planos, sem pressa, apenas aproveitando cada instante precioso deste presente chamado vida. E ela, de olhos bem abertos para não perder nenhum detalhe, agradecia ao Universo por ser uma menina – mulher plenamente feliz.

Papai Noel & Magia & filminhos! Feliz Natal!

Esse ano está muito diferente de qualquer coisa que imaginamos não é mesmo?  Quem for responsável não irá viajar ou reunir a família – Como eu disse em outro texto, em 2020 a maior prova de amor é ficar longe, é um ano que pede uma ceia simples e a companhia apenas das pessoas que já moram sob o mesmo teto. Pensando nisso durante o mês de Novembro eu me dediquei a assistir vários filmes de Natal, pensando em trazer para vocês uma super seleção de filmes para assistir em casa nessa noite tão especial! Então, segurem as dicas aí!

Amor com data marcada

Ela é solteira e não agüenta mais a pressão da família para encontrar alguém. A solução parece simples: Encontrar um ferigato (gato do feriado), um homem para acompanhá-la nas festas familiares e feriados. Será que o amor consegue respeitar datas marcadas? Uma comédia romântica fofa, com clima de Natal.

Nota de 0 a 5: 4

Operação presente de Natal

Uma base militar utilizando seus aviões para distribuir presentes entre pessoas que vivem em pequenas ilhas isoladas acaba chamando a atenção de uma deputada que envia sua assistente para verificar a utilização indevida da base e recomendar seu fechamento, entretanto, a magia do Natal pode fazer muita coisa acontecer.

Nota de 0 a 5 :5

Deixe a neve cair

Uma cidade pequena, um ônibus quebrado na Neve e um encontro improvável entre um cantor famoso e uma jovem bonita e focada em fazer a mãe doente ter um Natal divertido. Poderia ser um drama, mas as histórias paralelas trazem um tom de comédia e fazem de “deixe a neve cair” uma daquelas histórias fofas e divertidas.

Nota de 0 a 5: 4

Sintonizados pelo amor

Eles cresceram juntos e, adultos, apresentam um programa de sucesso na rádio – Até o dia em que recebem a proposta de apresentar durante um programa de rádio ao vivo seus parceiros românticos para as famílias durante a tradicional ceia de Natal, sempre comemorada no restaurante da família dele. Tudo parece bem até eles levarem um fora. Fingir que são um casal pode parecer uma boa ideia, eles só não imaginavam as expectativas que causariam em suas famílias e o terremoto que a mentira causaria na família. Será que a amizade irá sobreviver?

Nota de 0 a 5: 5

Encanto de Natal

Uma talentosa fotógrafa, um amigo apaixonado e um calendário mágico. Neste filme repleto de neve e magia, vamos acompanhar o nascimento de um grande amor. Um filme delicioso.

Nota de 0 a 5: 5

Tudo bem no Natal que vem

Ele odeia o Natal – Até que um acidente faz com que sofra de uma misteriosa amnésia que o faz esquecer tudo o que passou entre um Natal e outro, como se todos os dias fossem noite natalina. Essa comédia brasileira traz uma profunda reflexão sobre o valor da família e as escolhas feitas na vida.

Nota de 0 a 5: 5.

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O jacaré, a vacina e a meritocracia

Recentemente fui surpreendida com uma fala do presidente insinuando que quem tomasse a vacina para COVID-19 poderia se transformar em jacaré. Bem, não sei o motivo da surpresa – Em meio a uma pandemia que já ceifou a vida de quase 200 mil brasileiros (sem contar as não notificadas) foram tantas falas sem pé nem cabeça que a história do jacaré poderia ser apenas mais uma. O problema é que esse tipo de coisa se alastra e infelizmente tem quem acredite – Estou em alguns “grupões” de whatsApp onde há uma intensa troca de informações nada confiáveis (como por exemplo o “grupão” do bairro e outros) e fiquei surpresa sobre a quantidade de conteúdo que tenho recebido sobre os perigos de se tomar vacina – Desde pessoas dizendo que causa autismo (fake news velha), até dizendo que altera o DNA ou pode transformar alguém em jacaré. Tudo isso com artes coloridas e chamativas que emprestam um ar de respeitabilidade pela fonte – E fazem as pessoas se esquecerem de que sequer há uma fonte citada. Então decidi que neste domingo, em vez de falar sobre todos os acontecimentos da semana que passou (ou das semanas já que há tempos não escrevia este tipo de texto), vou falar um pouco sobre coisas que realmente causam danos e a maioria da população consome sem questionar:

Agrotóxicos. Vocês sabiam que há agrotóxicos que causam aborto nas mulheres que moram próximas aos campos onde são aplicados? Sabiam que há estudos ligando a incidência de câncer ao consumo de alimentos com agrotóxicos? E que seus compostos tóxicos destroem lençóis freáticos, contaminando a água que iremos beber? Pois é. E sabiam que o governo Bolsonaro liberou o registro de mais de duzentos tipos de agrotóxicos, muitos deles proibidos em outros lugares do mundo? Pois é. Em vez de reclamar da vacina que irá salvar vidas, que tal pesquisar sobre isso e protestar contra essas liberações?

Metais pesados. Outro dia uma reportagem veiculada no Jornal Nacional mostrou um estudo feito em uma aldeia indígena no Pará. Muitos indígenas apresentavam uma quantidade excessiva de metais pesados no corpo. Assim como o rio e os peixes que chegam ao consumo da população. Esses metais são decorrentes da mineração, principalmente da extração do ouro. E eles vão chegar até a sua mesa – mais cedo ou mais tarde – envenenando o seu corpo e causando inúmeros problemas de saúde. Então, já que a indignação pelo descaso com a população é tão grande, pesquise e questione sobre isso também. Uma dica: Advinha quem é super favorável a liberar geral a mineração? Ele mesmo, Bolsonaro.  

Microplástico. Sabia que no Brasil apenas 3% do lixo produzido chega a ser reciclado? Sabia que animais marinhos morrem por ingestão de plásticos ou acidentes relacionados ao lixo? Pois é. E recentemente cientistas encontraram microplástico em uma placenta humana – tudo indica que aquele aglomerado de celular que irá formar um bebê está sendo formado por células e… Plástico! Por outro lado, a Alemanha anunciou que a partir de 2021 estão proibidos os plásticos descartáveis no país. Então, se você realmente se importa com a vida, usa o tempo desperdiçado retransmitindo fake news sem sentido para pesquisar sobre os danos causados pela poluição e diminuir seu consumo de plásticos, optando por produtos naturais, utilizando sacolas de pano para as compras e separando o lixo para a reciclagem. Vai ser mais útil pra você e pro planeta.

Agora, como eu sou uma pessoa legal e estou de bom humor, vou deixar uma dica para você que realmente acredita que a vacina irá transformar pessoas em jacarés mutantes: Jacarés possuem muitos dentes – Como os jacarés advindos da vacina serão meio humanos, ainda permanecerá o hábito de utilizar fio dental e pasta de dente, fazendo o consumo destes itens subir vertiginosamente. Então, você que acredita mesmo nesta fala absurda do SEU presidente, pegue o SEU dinheiro e compre fio dental em  grande quantidade– Quem sabe você se ocupa vendendo para os híbridos humanos jacarés recém vacinados? Afinal, se você não ficar rico fazendo isso é uma questão de meritocracia, você apenas não se esforçou adequadamente – Os jacarés estavam logo ali, você não viu não? É só procurar e se esforçar bastante que vai dar certo. Confie, afinal, se o mito falou e caiu na internet, deve ser verdade.

Fogo morto – José Lins do Rego

O primeiro livro do #DesafioLiterárioDezembro foi uma leitura começada em Novembro que acabou sendo concluída bem no início de Dezembro.

José Lins do Rego foi um escritor paraibano que se dedicou ao romance regionalista. Influenciado pelo modernismo e por sociólogos como Gilberto Freyre, o autor se dedica a uma prosa ficcional repleta de significados sociológicos e políticos, contando histórias de sua terra, transportando quem lê ao cenário dos engenhos da zona da mata nordestina, do cangaço e dos coronéis.

 Suas personagens são ricas construções, homens e mulheres duros, gente típica do nosso país. Fogo Morto é um livro que integra tardiamente a série de obras que Rego nomeou como “ciclo da cana-de-açúcar”, acompanhando a história do Engenho Santa-Fé e trazendo personagens como o Coronel José Paulino, presente em outras obras, como Menino de Engenho, além dos protagonistas, o mestre José Amaro, um seleiro orgulhoso que vive numa casa na propriedade do Coronel Lula no Engenho Santa Fé e seu compadre, o Capitão Vitorino, sempre metido em coisas de política, disposto a lutar pelos oprimidos – Um perfeito Dom Quixote à brasileira. A obra nos retrata o sofrimento das mulheres oprimidas por essa estrutura patriarcal e machista que as adoece, enlouquecendo-as aos poucos ou fazendo com que precisem assumir os cuidados masculinos com a lida e a produção, sem que seus maridos percebam para que não se sintam humilhados. José Lins do Rego também retrata o cangaço na figura do temido cangaceiro Antonio Silvino, que brutalmente busca fazer justiça aos pobres em detrimento das leis, representadas pelas tropas do Tenente Maurício, que aterrorizam a cidade em represália as incursões de Antonio Silvino traçando uma realidade que não nos é estranha ainda nos dias de hoje: A de uma polícia brutal e violenta que massacra trabalhadores em suas ações – Se em 1930 havia cangaço e coronéis, hoje há tráfico, milícia e polícia com suas incursões violentas. Mudam os nomes, as tecnologias e as quantias de dinheiro envolvidas, mas permanece apenas uma realidade: Ao fim e ao cabo, quem sofre as conseqüências é o trabalhador espoliado de seus bens e de sua tranqüilidade.

Apesar de fazer parte da escola modernista, Fogo Morto não reproduz os “erros” presentes na fala como acontece em outras obras desta época, muito embora o autor também não utilize uma linguagem rebuscada ou acadêmica, dando preferência a um texto rico, de escrita coloquial e limpa de erros ortográficos, trazendo um romance regionalista de fácil leitura e encantadora riqueza de detalhes.

Resenha: O príncipe virou um monstro

Pam leva uma vida pacata e solitária até o dia em que escuta durante um procedimento médico, um longo monólogo sobre as vantagens de se relacionar através da internet. Apesar das dúvidas e da insegurança que sente em relação a esse tipo de interação, Pam decide se arriscar no bate papo e, quando já está quase desistindo, acaba conhecendo João Pedro, um rapaz educado, com conversa agradável. Depois de muita conversa e de um primeiro encontro em local público, ela convida o rapaz para um jantar onde a verdadeira face de João se revela.

            A história narrada por Jess Marques pode acontecer com qualquer pessoa: Nem sempre aquele rapaz de conversa educada e gentil é um príncipe; porém, o que chama a atenção é a rede de apoio com a qual a personagem passa a contar – Pessoas que ela pouco conhecia e que deram apoio no momento em que ela mais precisou. Essa é uma mensagem importante que o conto passa: Seja solidário, resguarde sim a sua segurança, mas se puder ajudar, ajude. A vida de alguém pode depender disso.

            Adquira seu exemplar de Amores Virtuais Perigo Real clicando aqui.

            A renda do livro físico será revertida para a Casa Nem, que acolhe pessoas LGBTQ+. Você adquire um livro, incentiva autoras e autores nacionais e ainda ajuda uma instituição social!

Antologia Quimeras de Natal: Sonhos no Gelo

Quero compartilhar com vocês duas alegrias que tive essa semana:

A primeira foi ter sido selecionada para a Antologia Quimeras de Natal: Sonhos no Gelo que será lançado dia 23-12. Quem me conhece sabe que escrever significa muito para mim, então ser selecionada é um motivo de enorme alegria – Ainda mais considerando que o meu texto estará ao lado de textos de autores e autoras incríveis!

A segunda alegria foi saber que haverá um evento on line que contará com a presença dos autores selecionados e de outros autores da Editora e terá bate papo, leituras, sorteios e muito mais e que parte do valor arrecadado com a venda dos ingressos e da Antologia será revertida em donativos para a OAIB Obra de Assistência a Infância de Bangu. É muito bom publicar textos em uma editora comprometida com causas sociais! (Lembrando que a Antologia Amores Virtuais, Perigo Real tem suas vendas revertidas em prol de duas instituições que acolhem vítimas de violência doméstica e pessoas LGBTQ+ e que outras obras tiveram lucros revertidos para a causa animal/meio ambiente)

Ou seja: Além da alegria de ser selecionada fazendo algo que amo, ainda saberei que cada volume e cada ingresso que vocês, amigos e leitores queridos, adquirirem, irá beneficiar crianças. Não é maravilhoso?

Então adquiram já seus ingressos para o Meet & Geet no site do Grupo Editorial Quimera e depois adquiram seus exemplares! A gente se vê dia 23/12!

06 on 06 – Em 2020 eu…

Dezembro. Ano que termina sem ter sequer começado, sem ter sido. Um sabor de incompletude, de planos engavetados, de metas estagnadas. O ano mostrou que afinal aquele desejo de emendar o Carnaval e o Natal não é assim tão bom. Com todo o caos que impera para o lado de fora fico surpresa ao perceber que,  em 2020 eu…


Fiz um pic-nic no último dia de Carnaval, antes do mundo virar de cabeça para baixo, antes do pandemônio se instalar e prender todos (que tiveram bom senso) em suas casas pelo máximo de tempo possível… A foto do pic nic? É, só vai ter essa mesmo. Mas garanto: Foi o melhor dia do ano!

Reencontrei o prazer de dançar depois de tantos anos… E está sendo tão bom! Diverti-me, ousei, descobri que meu corpo e minha sensualidade podem ser poéticas, emagreci alguns quilos e me conectei novamente a uma Darlene que andava dançando pela casa o tempo todo.

Escrevi! Escrevi muito e escrevi sobre coisas que eu jamais pensei escrever: Deixei um pouco a poetisa romântica de lado – afinal, falar de amor em tempos onde amar é permanecer distante é tão difícil! Escrevi. Dediquei-me a vencer barreiras, encontrar novos temas. E não é que deu certo? Termino 2020 comemorando a seleção em duas antologias: Amores virtuais, perigo real e Quimeras de Natal: Sonhos no gelo.

Criei um jogo! Ainda não está pronto, mas a ideia está toda aqui e aos poucos está saindo do papel e tomando forma – Como essas cartinhas de perguntas e respostas, totalmente artesanais. Ano que vem, quando a vacina estiver pronta, quero ver todo mundo aglomerado aqui em casa jogando comigo!

Construí minha própria cama baú – Afinal, Por qual motivo eu gastaria quase R$800,00 em uma cama se eu mesma posso construir a minha gastando muito menos com material e ainda me divertindo com a minha mãe que me deu uma aula sobre ferramentas? (Se eu lembro como trocar a broca da furadeira? É, então… Socorro!). E antes que me perguntem que roupa é essa, já respondo: Roupa de quem estava em casa serrando, parafusando, cortando, pregando… Não dá pra construir nada de salto alto e frufru né?

Completei 34 anos. Pois é. O ano foi estranho, mas o tempo nunca deixou de correr. Os trinta e quatro anos chegaram como um tsunami arremessando tudo que encontrou pela frente. Se há dez anos alguém me perguntasse o que eu estaria fazendo aos 34 anos, certamente não receberia como resposta algo como “dando banho nas compras e usando máscara para sair na rua”. Mas os planos mudam e a gente surta, se adapta ou luta contra (quando é sensato fazer isso) e depois vence ou dá risada. É a vida.

Participaram do 06 on 06

ObdulionoLunna GuedesMariana Gouveia

O conto de Dezembro, da chuva e da saudade.

Chovia – Uma chuva fina, contínua, fria. O clima parecia querer desmentir o calendário. Não podia ser Dezembro. A menina lia um livro qualquer, recostada em uma confortável almofada. Uma plataforma digital reproduzia algumas músicas aleatórias. O tempo ganhara seu próprio ritmo – Passava rápido e ao mesmo tempo se arrastava. A saudade ganhava seus próprios tons, histórias, lembranças – Naquele dia, ela lembrava uma noite em que ele a havia abraçado e conduzido em uma dança numa noite do ano anterior no centro de São Paulo. Logo ela, que sempre havia se gabado de ser um pé-de-valsa, naquele dia se atrapalhara e não conseguira manter o ritmo, por outro lado, gravara-se em cada célula de seu corpo o doce perfume dele, a respiração, o calor da pele, o toque. Naquela noite, olharam a lua, sorriram, compartilharam carinhos. Quem poderia dizer que meses depois o mundo iria mudar tanto? Quem poderia adivinhar que uma viagem, um abraço, um toque, poderia se tornar tão perigoso? A menina desiste do livro, vai ler notícias. Do outro lado do mundo, em Moscou, a população já recebe suas primeiras doses de vacina enquanto no país em que ela mora, sequer haveria seringas suficientes e vacina ainda é tema de controvérsia antes mesmo de ter sua aplicação liberada.
É Dezembro e chove. Fino, pesado, contínuo. Uma chuva fria e contínua como a saudade que aperta o coração, maltrata a alma, angustia os dias. É quase Natal e, enquanto tantas pessoas começam a pensar em suas rotinas irresponsáveis de festas e viagens, ela procura uma foto dos dois e escreve um texto – O único presente que deseja é poder abraçá-lo novamente em segurança, sem medo do invisível que devasta o mundo. O coração bate forte como quem diz “Um dia… Um dia tudo voltará ao normal. Esperança.”

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*Recado Importante*

Dia 23/12 estarei no Meet&Greet: Natal na Quimera. O evento virtual vai reunir um super time de autores das últimas obras de 2020 e da Antologia de Natal (para a qual eu fui selecionada). Vai ter bate papo, sorteios, leitura coletiva e muito mais! O ingresso custa apenas R$10,00 e parte desse valor será revertido em donativos para a OAIB (Obra de Assistência à Infância de Bangu), ou seja: Você adquire o ingresso, prestigia a cultura nacional, participa de um evento super legal e ainda contribui com uma causa social! Tudo isso por R$10,00. Você não vai perder né? Clique aqui e adquira o seu convite! Te espero no evento!

Resenha: Eu a quero tanto

Vanessa é uma mãe solo cuidadosa e uma mulher solitária. Ivan é um homem inteligente, rico e bonito. Marcados pelo passado, Vanessa e Ivan podem encontrar nos braços um do outro uma chance para a felicidade – Ou não. No conto “Eu a quero tanto”, as personagens são apresentadas e contam suas histórias navegando entre o passado e o presente mostrando que muitas vezes fatores da vida podem predispor as pessoas a relacionar-se de forma abusiva, o que não faz um agressor menos culpado nem uma vítima menos inocente, afinal, a mente humana é um intransponível labirinto e uma mesma ação pode levá-la a reagir das mais diversas formas. A trama se desenrola como um romance inicialmente leve, um conto de fadas cor-de-rosa que aos poucos vai se aprofundando em tons mais densos conforme encontra caminhos que desembocam nos abismos das personagens até mergulhar a pessoa que lê em um clima de suspense e violência, deixando um recado escrito com sangue: Cuidado! Não ignore os pequenos sinais. Sua vida poderá depender disso.

 “Eu a quero tanto” é o meu conto selecionado para a Antologia “Amores Virtuais, Perigo Real”, que pode ser adquirida no site do grupo editorial Quimera. Além de adquirir um livro lindo e repleto de contos incríveis, você ainda colabora com a casa Nem, que acolhe pessoas LGBTQ+.

Adquira já o seu!