Desafio Cinetoscópio dos 30 dias #17: Um filme com um vilão inesquecível

A Vila dos Amaldiçoados

Numa pequena cidade norte-americana, um estranho fenômeno faz com que todos os habitantes fiquem desacordados por 6 horas. Após algumas semanas todas as mulheres da cidade descobrem estar grávidas. As crianças nascidas são todas fisicamente muito semelhantes e formam pares- exceto David, que apesar de ser idêntico aos outros fisicamente consegue desenvolver sentimentos mais humanos numa silenciosa discordância de seus pares, aparentemente porque ficou sem sua “parceira”, levada para estudos pela agente do governo Susan Verner, e dada como morta. As crianças, durante todo o processo de crescimento, mostram-se precoces e muito maldosas, utilizando-se de poderes mentais que possuem para fazer coisas de terríveis, como forçar suicídios. E é entre as crianças que encontrei uma vilã inesquecível: A pequena Mara, que parece liderar o grupo. Ela tem um rostinho tão angelical e um jeitinho tão doce de falar que é difícil imaginá-la como uma menina má!

O filme é um remake de um outro filme de 1960, chamado “A aldeia dos amaldiçoados”. Vale muito a pena assistir!

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Toda forma de amor é poesia

Até 17 de Maio de 1990 a homossexualidade fazia parte do rol da Classificação Estatística de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) – ou seja – a homossexualidade era considerada uma doença e, assim sendo, as fileiras do preconceito e da intolerância tinham um argumento para “combater” a população LGBT. Assim, a exclusão da homossexualidade do rol de doenças foi e é um grande motivo para comemoração. Infelizmente ainda há muito a se caminhar quando se trata de garantir direitos – mesmo os direitos mais básicos, como o direito à vida e a integridade física, por exemplo, pois é rotineira a veiculação de notícias sobre agressão e morte de homossexuais, transexuais e, mesmo, heterossexuais confundidos com homossexuais.

Importante salientar que o combate a LGBTfobia não é uma fórmula mágica que surtirá efeitos de um momento para outro – Há que se passar pela discussão de classe, de gênero, de etnia – Afinal, o cidadão LGBT de camadas menos favorecidas da população sofre muito mais preconceito: Contra ele ou ela, não se insurge apenas a LGBTfobia – Acumula-se também as dificuldades de acesso a uma educação de qualidade, que irá por sua vez agravar sua condição socioeconômica com dificuldade de ingresso no mercado de trabalho.  Junte-se a isso o racismo e temos um amargo coquetel que dia após dia torna a vida mais difícil. Diante desses pontos, é de suma importância a discussão de gênero e orientação sexual já no ambiente escolar – Eliminar o preconceito das mentes infantis é a melhor forma de garantir um ambiente saudável para todos e todas terem acesso ao ensino oferecido (que aliás, precisa também ser revisto e melhorado, mas este já é outro assunto, para outro texto). Faz-se necessário também implementar medidas legislativas como a criminalização da homofobia, e medidas de saúde pública no que diz respeito à assistência médica, orientação e prevenção às DSTs , bem como a criação de programas que visem debater junto à população em geral a importância de se aceitar e respeitar as diferenças.                                                                                                                         É uma lástima que, no ano de 2017, seja preciso lembrar o óbvio – Somos humanos e a orientação sexual de cada um não muda isso. Nossa condição humana é igual, dentro de toda a maravilhosa diversidade existente! Estamos aqui para viver, evoluir, nos respeitar e, acima de tudo, amar! Vamos juntos e juntas, não apenas hoje mas todos os dias dizer não ao ódio, ao fundamentalismo e ao preconceito?

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Abraços Amigos

São sempre um ninho
Os abraços d’um amigo
E os olhos são abrigo
E os olhares são carinho

E o tempo corre, ligeirinho
Quando abrigada sigo
Querendo mais uns minutos contigo
-Oh, tempo, passe de mansinho!

Mas o tempo corre veloz
E já se faz hora de partir
Quando vemos, já estamos sós

Cai escura a noite- hora de dormir
Feliz a pensar nos laços que somos nós
E nos momentos que já são saudade atroz

(Poema escrito para um amigo querido, depois de uma noite de segunda-feira -08/05/17 – conversando no carro em aninhados e ternos abraços)

Minha adolescente de 50 (e tantos) anos favorita

 

Hoje é um dia especial: Vou apresentar a vocês uma pessoa muito querida- Minha mãe.

Ela não é apenas mais uma mulher normal. Ela é uma mulher forte, bonita, incrível. Talvez um pouco fora de padrão – mas para que padrões? Quem precisa de padrão é produto industrializado, não gente. Ela não tem fricote, nem frescura..

Minha mãe cozinha como uma cheff. Pinta paredes e sabe fazer pequenos consertos domésticos também. E se derrete com cachorros e plantas.

Ela me ensinou a gostar de livros e quando eu cresci e cheguei na oitava série, dei o vídeo-game dela para outra criança e entreguei um livro em suas mãos – Afinal, temos que incentivar a leitura não é mesmo?

Ela me ensinou a cozinhar – Dom de família essa intimidade com o fogão.

Ela pode ser bem adolescente quando quer – Companheira de baladas, luaus, barzinhos. Companheira nas passeatas contra o Temer, nas paradas LGBT, nas manifestações e até mesmo na Marcha da Maconha. Amiga dos meus amigos – às vezes eles até dizem que ela é mais divertida que eu! Às vezes eu a deixo viciada em séries. E em receitas novas. Às vezes a gente briga (quem nunca, não é mesmo?), mas logo faz as pazes.

Ela é mulher de farra e de luta. Cheia de amor – mas ao mesmo tempo cheia de indignação com esse mundo maluco em que a gente vive e, conseqüentemente as vezes revoltada – minha jovem de 50 favorita!

E eu sempre digo que, quem casar comigo, leva a sogra de brinde (prometo que ela é um amor <3), porque afinal de contas, como eu vou privar meus futuros filhos da companhia diária de alguém como ela?

Mãe, amanhã é seu dia! Feliz dia das mães para nós!!! Amo você!

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Desafio Cinetoscópio #16: Um filme que você nunca assistiria de novo

50 tons de cinza (trilogia). Sei que esses filmes são os queridinhos de muitos leitores e leitoras, mas não é aquele filme para se assistir duas vezes. A obra cinematográfica apenas cumpre o que promete -Uma narrativa rasa, machista, que objetifica a mulher, banaliza o amor e o sexo e, para agravar ainda mais a situação, coloca a personagem em uma situação em que a violência do homem é “explicada” pela sucessão de traumas pelos quais ele passou na infância – muito embora traumas da infância possam ser sim fontes de comportamentos violentos, tais comportamentos não podem ser naturalizados e justificados por uma violência sofrida na infância. E a personagem feminina? Insegura, Anastasia navega entre submissão e momentos em que quer demonstrar personalidade forte e independente. Uma jovem inteligente, apática e muito atrapalhada. Por outro lado, a personagem masculina é dominadora, invasiva e bastante problemática. Em alguns momentos surge um humor ruim (relacionados em sua maioria ao sexo). No livro a descrição detalhada das cenas prende a atenção – é possível ler e imaginar um voo de ultra leve e outros cenários de muito de luxo -tais cenas poderiam ser mais bem exploradas no filme, bem como as citações literárias maravilhosas que constam no livro e não aparecem no filme. Com certeza vou assistir o próximo da trilogia, afinal, o elenco é bacana e eu estou curiosa para assistir ao desfecho, mas não assistiria novamente nenhum filme dessa saga.

 

Resenha: O Mandarim (Eça de Queiroz)

“No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver; e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um homem avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?’ (Eça de Queiroz em “O Mandarim”).

O romance, com pouco mais de 150 páginas, é o relato da vida de um rapaz português, Teodoro que se vê diante da questão proposta no parágrafo acima. Ele relata sua decisão e as conseqüências a que tal decisão o levou. Trata-se de um livro leve que traz em si uma proposta reflexiva profunda – Se você pudesse ganhar toda a riqueza que almeja tirando a vida de alguém que você não conhece o que faria? Apenas a vida de um idoso desconhecido separa você do dinheiro que deseja e você não irá sujar as mãos, não irá ver sua vítima, apenas sabe que ela irá morrer em um suspiro. Apertaria a campainha?

Em tempos como os que vivemos, onde a vida tem sido cada vez mais banalizada, essa é uma reflexão válida, importante, até mesmo urgente: O dinheiro é mesmo o mais importante? Qual o limite da ambição? Quais as consequências de ceder às tentações?

Título: O Mandarim

Autor: Eça de Queiroz

Ano:1880

Desafio Cinetoscópio #15: Um filme de animação

Uma misteriosa garrafa com um pedido de socorro chega aos simpáticos ratinhos do mundo inteiro que mantém um salão no prédio das Nações Unidas. Bianca, uma chamosa ratinha, oferece-se como voluntária para resgatar a menininha Penny, autora do bilhete e, para acompanhá-la, escolhe Bernardo, o zelador. Inicia-se aí uma aventura de tirar o fôlego e arrancar muitos risos.

É uma das minhas animações preferidas da Disney, pois além de ser fofinha e divertida, também consegue incluir uma dose de romance sem cair na velha fórmula do “príncipe encantado” e da “princesa” – As personagens femininas da animação tem ações próprias, são inteligentes, tem personalidade forte, são corajosas nos momentos certos, demonstram medo em outros momentos, não por serem mulheres, mas por ser o medo uma emoção humana (apesar da personagem ser uma ratinha, ela é humanizada, apresenta comportamentos humanos). Uma animação de 1977 que certamente marcou gerações! Vale muito a pena assistir!

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Feliz Ano-Novo! Blessed Samhain!

Hoje lares pagãos/wiccanos de todo o hemisfério Sul comemoram o Samhain. É um festival que celebra a última colheita antes do inverno. É tempo de guardar o que será imprescindível à sobrevivência pelos próximos meses gelados que se aproximam. O Deus-Sol morre, tornando-se O Senhor das Sombras, e a Deusa está em sua face anciã, cheia de recolhimento, mistério e sabedoria. Ela sabe que em seu ventre há a centelha de vida do Deus que irá renascer em Yule.

Considera-se o Samhain como o Ano-Novo dos bruxos, uma noite em que os véus que separam o mundo espiritual e o mundo material se encontram mais tênues, facilitando o contato com os antepassado – por isso nessa data é costume que se homenageiem aqueles que já nos deixaram. No hemisfério norte  o Samhain é comemorado em 31 de Outubro, o que acabou originando o Halloween (Dia das Bruxas), e o “Dia de todos os Santos”, introduzido pela Igreja Católica para cristianizar as festividades pagãs que ela não conseguia retirar dos costumes populares.

É um tempo de reflexão e de estabelecer metas para o próximo ano que entrará.

Algumas atividades típicas dessa data são:

Queimar pedidos para o próximo ano

Confeccionar um Jack O´Lantern

Fazer oferendas de maçãs e pães de grãos nos Jardins dos Ancestrais

Rituais divinatórios (Tarot, caldeirão, espelho, runas)

Confeccionar vassouras, bastões, cordas de bruxa e outros objetos mágicos

Acender uma vela laranja à meia-noite para atrair sorte

As cores usadas nesse Sabath são o Preto e o Laranja. Já as ervas são a nós-moscada, sálvia, menta, mirra, patchuli, artemísia, alecrim, musgo, calêndula, louro, mandrágora. Pedras também devem ser utilizadas durante os rituais e nesse período, como fontes de proteção e energia – as que se relacionam ao festival são: obsidiana, floco de neve, ônix, cornalina, turmalina negra, âmbar, granada, hematita.

Tenham todos e todas um abençoado Samhain e um novo ano cheio de paz, luz e amor!