Dica Literária: Bagagem – Adélia Prado

O segundo livro do #DesafioLiterário2020 #Fevereiro é a obra “Bagagem”, da poetisa mineira Adélia Prado. Nascida em Divinópolis no dia 13 de Dezembro de 1935, Adélia Luiza Prado de Freitas é poetisa, contista, filósofa e professora.

Em 1976, no livro “Bagagem”, o primeiro de sua carreira literária, Adélia escreve poesias sobre o cotidiano: amor, família, morte – literalmente a bagagem que uma alma carrega pelos caminhos tortuosos da vida. Autora da escola Modernista, Adélia não se prende a questão métrica em sua poesia. Seus textos trazem uma sensação de observação perplexa, permeada pela fé (cristianismo), com ritmo lento e uma falsa ideia de leveza  que se desfaz conforme a leitura avança e demonstra claramente que versos simples, sem vocabulário rebuscado e excessivo zelo com métrica também são capazes de compartilhar angústias, amores, lembranças…

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Dica Literária – Não Leve a vida tão a sério (Hugh Prather)

O primeiro livro concluído do #DesafioLiterário2020 #Fevereiro (quer saber quais os outros? Clique aqui) pertence a um gênero que não costuma me agradar: Auto-Ajuda.

O título parece interessante, descontraído. Ao término do livro – que me tomou quase metade do mês- ficou uma sensação entre o “faz sentido” e o “esse autor é maluco”. O autor fala sobre situações, pensamentos desencadeadores e sobre não se preocupar e propõe exercícios de “libertação”, para reprogramar suas atitudes. Algumas sugestões sobre auto-controle e sobre refletir o que realmente te irrita em uma pessoa ou situação antes de explodir são interessantes e fazem sentido, entretanto, outras situações chegam a ser perigosas – O autor sugere que se preocupar é inútil e que assistir noticiários é inútil e isso é perigoso: Quando uma pessoa assume que não é necessário informação, ela entrega nas mãos de outras pessoas os rumos da sociedade em que vive! Viver na passividade é perigoso, é por pessoas assim que o mundo está entregue a Trumps, Bolsonaros e Bushs da vida (só para citar alguns dos parasitas). Acredito no autor quando ele fala sobre os benefícios de uma mente tranqüila, livre de preocupações, mas infelizmente o nosso mundo não nos permite viver isso o tempo todo, então, sim, é necessário controlar os excessos de preocupação, mas jamais nos colocando em um mundo a parte para atingir esse objetivo. Ao final do livro, fui ler um pouco sobre o autor e descobri que ele é ministro religioso e, talvez exatamente por isso, incentive as pessoas a essa postura demasiadamente passiva. Pessoalmente, não leria outros livros do autor.

6 on 6: Cores

Calada, observo a cidade que me engole com seus prédios altos e suas ruas movimentadas. Algo me incomoda: As cores excessivas, artificiais, plásticas, invasivas. Qual a necessidade de tantos corantes nos alimentos? E as tintas dos prédios? E as embalagens? E as roupas sintéticas, coloridas, poluentes? Sonhar ainda não custa nada e eu penso como seria uma cidade de prédios e casas com cores entre a cerâmica e o branco, reduzindo o número de corantes poluentes. As cores poderiam vir apenas de jardins floridos, grama verde, terra.  Tecidos naturais com corantes naturais vestiriam as pessoas que se olhariam nos olhos, sem se importar com a moda – termo que sequer existiria. Não haveria nas esquinas crianças vendendo jujubas coloridas enquanto, vejam só, perdem os melhores e mais brilhantes anos das suas vidas. Enquanto o mundo dos sonhos não chega, ficam as fotos das cores que realmente encantam e uma das que não gostaria de ver…

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