As palavras que outrora escrevi encaram-me atônitas. Há quanto tempo guardadas, já haviam perdido a esperança de um dia ver a luz do Sol ou qualquer outra luz. Pobres cartas e poemas, já se haviam acostumado à ideia de morrer empilhados num canto qualquer, esquecidos. São tantas folhas retiradas de gavetas ou de pastas onde confesso, não deveriam estar! Até mesmo as letras brilhantes na tela do computador me cobram explicações num velho e-mail que jamais enviei. Por que mexer nisso agora? Desenterrar palavras que a alma já soterrou entre lágrimas e lembranças? Por que desenterrar essa enxurrada de cheiros, memórias, toques e olhos brilhantes? Por quê?
Talvez fosse melhor deixá-las adormecidas para sempre! São as cartas que eu escrevi e você não leu, e agora já não há mais motivos para que leia. São pedaços de poesias que se acabaram como se acaba um sonho bom quando os primeiros raios de Sol invadem o quarto e impiedosamente mostram a realidade. São apenas devaneios escritos com alma, lágrimas, sonhos e sangue. Sim… Talvez fosse melhor deixar estes escritos nas gavetas, para que o tempo os apagasse da mesma forma que um dia apagará a existência de quem os escreveu.
Preservemos as memórias felizes, e que o vento sopre para sempre as memórias inúteis e tristes.
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Ah… mas as vezes, as memórias que hoje nos trazem tristeza e saudade são justamente as mais belas e felizes que temos…
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Justamente! Tudo aquilo que outrora fez-nos felizes, quando nos vem à memória, nossos olhos ficam brilhante de saudade e possivelmente tristes, pela impossibilidade de podermos voltar atrás no tempo.
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Ah… queria lembrar que o link da poesia “Amizade” está quebrado.
Abração.
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Estranho… a poesia “Amizade” ainda não foi publicada… Aprendi que é possível programar para que o blog poste um texto em um dia selecionado e fiz isso para alguns dias em que sei que dificilmente conseguiria postar. Estranho você ter conseguido ver a postagem futura…rs
Abraços!
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A amizade existe para curar as feridas do amor.
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Adoro voltar a escritos antigos, voltar as linhas do ontem… me afundar em pretéritos e fechar os olhos para melhor sentir tudo dentro. rs
bacio
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Sim… Voltar a escritos antigos é sempre uma experiência agridoce, uma viagem ao centro de si mesma!
Beijos!
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