Boas vindas ao mês mais romântico e cruel do ano

Junho chega finalmente com seus dias frios e cinzentos, suas chuvas e seu infalível clima da romance. Muitos falam dos amores de verão, dos amores de primavera, mas, é quase em meados do mês mais frio do ano, praticamente às portas do inverno, que comemoramos o Dia dos Namorados. É em junho, quando o frio exige provas infalíveis de amor e companheirismo, que se celebra o amor entre os casais. Devem, entretanto, os pombinhos apaixonados, precaver-se da nefasta influencia comercial que tenta transformar esse dia especial em mais uma mera oportunidade de vender e vender (como, aliás, acontece no dia das mães, dos pais, das crianças e etc.). Aproveitem e dêem um ao outro algo que nenhum dinheiro pode comprar: A presença, o amor, a companhia, o carinho.

Junho chega com seu clima de romance, mas também com seu ar de tristeza – sempre há aquelas pessoas que terminaram recentemente um relacionamento de anos e irão passar o dia, no sofá com um balde de pipoca, um filme e uma caixa de lenços. Ou ainda aquelas que nunca conseguiram passar essa data efetivamente namorando alguém e muitas vezes sequer chegaram a ser uma opção séria e real na vida de alguém (a autora que lhes escreve se enquadra nessa categoria). Sério: Antes de postar mil e uma fotos de casal nas redes sociais, seria bom ter um pouco de empatia com aqueles e aquelas que estão solteiros – seja porque não encontraram um grande amor, seja porque encontraram e não deu certo, seja porque já desistiram cansadas de tantas rejeições – acreditem: Existem pessoas que chegaram aos 30 anos (ou mais) exatamente assim: Sozinhas. Não leitor, esse texto não é algo do tipo “não poste suas fotos, esconda sua felicidade”. Poste fotos sim, curtam muito o “Love” de vocês, escrevam poemas, cartas, mimos. Mas tentem não sair perguntando no dia seguinte como foi o final de semana dos amigos, pois esse ano, o Dia dos Namorados irá cair em uma segunda-feira e muita gente vai chegar no trabalho ou na faculdade se sentindo a última bolacha do pacote, aquela mesma, esquecida, quebrada e jogada num canto depois de um final de semana solitário, excluídos e excluídas pelos amigos que foram comemorar o dia mais romântico do ano.

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