Que caminhos a vida me destina?
Curvas sinuosas?
Longas trilhas verdejantes?
Nenhuma surpresa a cada esquina…
Poucas lembranças saudosas…
E muitos dias entediantes…
Profunda e intensa… Uma folha ao vento
Será minha poesia sempre lamento?
Serei sempre… Um par de pegadas na areia…
Uma única taça na mesa à luz de velas, um único travesseiro sobre a cama?
Corroída por essa paixão que me incendeia
Aquecida por esse amor que é tênue chama
Até quando apreciarei o conforto da melancolia?
A Lua solitária como meu ser
A noite, o frio, o triste sorriso e a fantasia
O meu ser é um não-ser, inconformado em te perder
O Amor é um quase invisível fio que nos uniu
E brevemente se partiu
Assim, a escuridão é tudo que me conforta
Quando chega a noite e te vejo em mágicas miragens
Sonhos, do Amor imagens
Dor que me afoga; lâmina que a minha alma corta
E ao mesmo tempo me seduz
E a amar-te mais e mais me conduz.