Caminhos

Que caminhos a vida me destina?
Curvas sinuosas?
Longas trilhas verdejantes?
Nenhuma surpresa a cada esquina…
Poucas lembranças saudosas…
E muitos dias entediantes…

Profunda e intensa… Uma folha ao vento
Será minha poesia sempre lamento?
Serei sempre… Um par de pegadas na areia…
Uma única taça na mesa à luz de velas, um único travesseiro sobre a cama?
Corroída por essa paixão que me incendeia
Aquecida por esse amor que é tênue chama

Até quando apreciarei o conforto da melancolia?
A Lua solitária como meu ser
A noite, o frio, o triste sorriso e a fantasia
O meu ser é um não-ser, inconformado em te perder
O Amor é um quase invisível fio que nos uniu
E brevemente se partiu

Assim, a escuridão é tudo que me conforta
Quando chega a noite e te vejo em mágicas miragens
Sonhos, do Amor imagens
Dor que me afoga; lâmina que a minha alma corta
E ao mesmo tempo me seduz
E a amar-te mais e mais me conduz.

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Eu vejo um mundo novo

Eu vejo um mundo novo, vejo a vida que passa, vejo pessoas, vejo sentimentos. Vejo a cada dia a aurora de uma nova vida, que morre na rotina. Vejo paixões nascendo; pássaros cantando; vejo o Amor brincando.
O amor se esconde nunca se sabe onde, ali na esquina ou bem ao teu lado. Todos buscam o amor, o procuram em cartas, poemas, oráculos; todos sonham com ele, que se esconde, foge e aparece de repente.
A vida se repete a cada dia, se copia e se inova; ela transpira esperança, nos mostra caminhos – os melhores e os piores, os alegres e os infelizes… E nós, seres inquietos, tentamos percorrer todos, sem prestar-lhes atenção, apenas passamos… E, em algum desses caminhos, o Amor nos aparece e nós simplesmente não notamos. Cada caminho é um novo mundo e eu sigo o Amor que em um desses mundos encontrei e que hoje é meu guia em todos os meus caminhos…

(Da série: devaneios tirados do fundo da gaveta)