Quando foi a última vez que você brincou? Você lembra? Eu não. Só sei que foi há muito tempo… Se tivesse a consciencia de que um dia o tempo de brincar ficaria para trás talvez tivesse agarrado entre os vaos dos dedos cada segundo. Teria experimentado corda, peteca e corre cotia. É bem verdade que adultos também brincam: Temos nosso trabalho e escolhemos nossos próprios “brinquedos”, geralmente eletrônicos parcelados “à perder de vista”, ou automóveis, apetrechos esportivos- Tudo sempre tão caro que muitas vezes gastamos mais tempo da nossa vida trabalhando pra para adquirir que para utilizar nossos “brinquedos”. E nos sobrecarregados de regras e competições! Como somos competitivos sem motivo! . E isso é triste. O adulto cresce e perde o encanto da vida, a capacidade de se divertir com pouco, a espontaneidade do riso alto, o prazer de sentar no chão entretido por horas a fio num brincar improvisado. E o pior: Esperamos que nossas crianças cresçam rápido para se tornarem exatamente como nós. É tão cansativo e sem sentido que se eu encontrasse alguma vez o gênio da lâmpada desejaria que nossas crianças pudessem ter a infância que vivi nos anos 90 e que os adultos não perdessem jamais o dom de brincar…
Esse post faz parte do BEDA. Acompanhem também: Lunna, Obdulio, Mariana Gouveia, Roseli Pedroso, Mãe Literatura, Suzana Martins, Ale Helga
Eu me lembro de ter consciência da finitude da criança e tentei esticar ao máximo o meu texto nesse papel. A realidade atropelou as minhas intenções, mas continuo ainda a falar com o menino que eu fui…
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Fui criança até os dezenove anos. A vida me puxou pelos cabelos para o cotidiano do trabalho, pagamento de contas e responsabilidades. Muitas. Isso me afastou da criança leve que um dia fui. O convívio com as crianças do colégio onde trabalho atualmente, tem me ajudado a reencontrar a criança que um dia fui.
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