Vitrines
Intransponíveis divisões
Entre o ser e o ter
Fúteis diversões
Atrações
Venham ver
Deixem aqui seu suor
Seu tempo salário
Sua vida de trabalho
Vitrines...
Fotografadas às pressas
Entre um ônibus e outro
Sob o perplexo olhar dos seguranças
Dos passantes
Dos excluídos
Das lojistas, vendedores
Balconistas
Com seus sorrisos convidativos
E seus preços nem sempre atrativos
Vitrines imorais
Num país onde tantos pés não tem sapatos
Tantos corpos veste trapos
Tantas bocas sem comida
E tanta cegueira por conveniência ou ignorância - que nenhum óculos seria capaz de corrigir.






Uau!!!
Traduziu muito bem!!!
Enfim seguimos tentando fazer milagres, que os “outros” sejam curados da cegueira da alma…
Abraços
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Hmmm, adorei a última vitrine!
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Uma excelente crítica Darlene, ainda mais nesses tempos de pandemia, onde as desigualdades ficaram bem mais visíveis…
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