12 comentários sobre “A vida não é um livro em branco

  1. Grande texto. Em momentos como esse ficam evidentes algumas “teses”, sobre despreparo, desorganização, falta de cultura, segurança, educação … tanto falta a tantos para que poucos possam ter tudo, e os que desviam coisas básicas dos que necessitam, manipulando e direcionando culpas e motivos, justificando atrocidades e associando a um jogo de “merecimento” que muitos acabam acreditando, assim, vítimas se vêem opressores e opressores tentam empurrar “réplicas” que na verdade são “tréplicas”, pois alguma das “ações violentas” rotuladas por tantos são apenas “consequências” de atos implícitos que geram resultados explícitos. Se TODOS tivessem realmente oportunidades iguais, aí sim poderíamos iniciar um papo sobre igualdade, merecimento e escolhas.

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  2. Que texto poderoso e reflexivo!
    Você tem razão, a vida não é um livro em branco e infelizmente como não sabemos ainda ditam as regras.
    Que acontecimento lamentável foi a morte de Miguel. Ainda me choco em ver que a vida de uma criança negra custa 20 mil para responder em liberdade e já sabemos que não dará em nada, mas que se fosse ao contrário a empregada já estaria condenada só por sua cor.
    E o que dizer das vidas ceifadas pelo Covid-19? Moro no bairro do Rio de Janeiro com mais casos de morte e aqui nunca pareceu ter quarentena mesmo. Vida normal com bares abertos e gente acumulada soltando pipa.
    O que podemos sempre é torcer e termos esperança de que tudo um dia vai melhorar, um dia em que se prove que as vidas negras realmente importam e as pessoas parem de morrer e serem condenadas apenas por sua cor e o dia pelo qual o Covid-19 ficará apenas em uma memória triste mas que foi superada.

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    • Sim, depois de uma certa idade, temos um certo controle. Precisamos entender isso e perceber até que ponto o prólogo nos afeta para direcionar da melhor maneira possível os caminhos. E, claro, lutar para que prólogos deixem de ser empecilhos para belas histórias 😉
      Beijos!

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  3. Eu tenho alguma dificuldade em lidar com essa narrativa atual. Me causa preguiça. Um menino de cinco anos deixado sozinho no elevador. Eu não imaginava que isso pudesse acontecer. Eu me lembro de minha mãe e seus conselhos ao sair de casa. A discussão na escola por me encontrar no jardim da frente, com o portão aberto. Procurar o lugar oposto as multidões. Eram tantos cuidados e um dia ela me disse: basta um instante de distração e alguma coisa acontece. Comigo nunca aconteceu… nunca me perdi dentro do supermercado ou me vi em perigo em vias de ser raptada por um estranho. Nem despenquei do nono andar de um prédio. Não se trata de cor ou condição financeira. Se trata do elemento humano. Que raio de ser humano é essa pessoa? Será que estamos mesmo perdendo tudo o que nos faz humanos?
    Quando a doença… não sei mais o que dizer a respeito. Eu sabia que seria ruim por aqui e acho que ainda será muito pior e eu gostaria de estar errada. Mas já ouvi cada absurdo que fiquei com vontade de ir a janela e gritar.

    bacio cara mia

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    • Sobre a criança, será que ela faria o mesmo com o filho de uma amiga? Há uma tendência de acreditar que o filho da empregada, de classe inferior, não tem a mesma proteção e já deve estar acostumado a ir sozinho de um lado pro outro (afinal, a realidade nos mostra crianças cuidando de outras crianças, crianças nas ruas, crianças vendendo jujubas) enquanto os filhos da classe mais alta vivem resguardados em suas casas. Não deveria ser assim e, quando pensamos nessas distinções chegamos ao mesmo questionamento que você colocou: Estamos perdendo tudo o que nos faz humanos? Algumas vezes, penso que sim. Triste demais!

      Beijos ♡

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