Meu olhar já não pranteia

Meu olhar já não pranteia
O amor que n’alma falta
Pois n’alma a paixão o fogo ateia
Que pela pele arde, pelos olhos salta

E a Lua que o céu prateia
É a confidente a quem incauta
Sussurro o segredo que incendeia
Meu coração até noite alta

E noite adentro o céu contemplo
Dos olhos jorram lágrimas de saudade
Tão tristes! Da solidão torno-me templo

Oh, Cupido! De mim tem piedade
Pois quase me afogo no profundo e amplo
Mar das minhas lágrimas de saudade

(2013)

20 comentários sobre “Meu olhar já não pranteia

  1. “(…)Gostaria de ser tal cupido naquele momento,
    E num passe mágico, livrar-te de tal sofrimento,
    Mas também e como humano que sou,
    Muitas vezes necessito do socorro,
    Não de um cupido amigo e caridoso,
    Mas sim de um anjo bondoso,
    Pediria a ele que devolvesse minhas assas,
    E me deixasse voltar a ser o que antes reneguei por amor,
    Voltaria a ser anjo,
    E acalmaria tudo que é dor (…)”. ( Essa pequena parte é do poema Gabriel que fiz em 1999 e olha que coincidência como encaixa direitinho como uma resposta pronta ao seu poema, rsss)
    Adorei Darlene! Feliz 2017 a você! 😉

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    • Pelo contrário… Esse poema foi escrito exatamente no início de um grande amor, nos momentos em que eu havia acabado de conhecer o amor da minha vida, o homem-menino que há quase 4 anos ocupa meus pensamentos e meu coração, mas que infelizmente o destino me nega a alegria de tê-lo em minha vida 😦

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      • Sim… Aquele amor que optou não morar em nossa vida, mas que jamais conseguimos tirar do coração. Isso dói… Essa parte do blog (As cartas que você não leu) é onde estou postando tudo que escrevi pra ele ao longo desses quase 4 anos – desde o dia em que o conheci, o primeiro dia em que ele segurou minha mão, nosso primeiro beijo, o término dois meses e sete dias depois, e o que escrevi posteriormente… </3

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  2. “Escrever me acalma”foi meu mantra por um tempo. Nesse momento, precisei organizar sentimentos, fatos, escolhas, pessoas e circunstâncias. Escrever me ajudou a descrever (e compreender) o processo. Leva um tempo, mas o unguento serena, acalma as febres e (muitas vezes) motiva a voltar e escrever. O melhor é ter o amor por perto. Mas se não é possível, as cartas não lidas nos lembram o amor vivido. Não é o bastante. Mas por hora, é o que basta.

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