Corro meus olhos pelo horizonte
Aninho-me em meus pensamentos
Enquanto minha alma se deita como Sol poente
E minha pele arrepia-se, lembrando doces momentos
Perco-me querendo te encontrar
Em cada flor, em cada espinho
Em cada olhar
Buscando você, que deixou vazio o ninho
Ninho de amor
Onde tantas vezes e com tanto ardor
Perdestes-te ao me encontrar
E, sem palavras, disse me amar
Aguardo paciente o telefone tocar
Tarde após tarde
Meu corpo arde, e me invade
A vontade de te amar.
Corre a caneta
Por sobre o papel
Bico de pena
Tinteiro de sangue e fel
Pulsa o coração
Dentro do peito
Pulsa a paixão
Sonha a poetisa…
Com o amor
Sonho real, mar de dor.
Inspiração vem e vai
Noites insones
Onde estão as palavras?
Quando é preciso dizê-las?
As palavras se escondem nas folhas
Brancas páginas maculadas
Dos diários das poetisas enamoradas
As palavras se escondem nos olhares
Trocados… Nos suspiros vazios.
Escondem-se no coração… Roubadas pelo amor
Que cobre os rostos com seu rubor.
Devaneios e Poesias 